Nas ruas, a concentração do ato será às 8h em frente à Assembleia Legislativa. Já nas escolas, educadores(as) farão greve de plataformas
Na próxima quarta-feira (30), professores(as) e funcionários(as) de escola, aposentados(as) e da ativa, realizam uma ampla mobilização dentro e fora das escolas. Os atos marcam a data histórica de luto e de luta da educação paranaense.
Nas ruas, a concentração do ato será às 8h em frente à Assembleia Legislativa, com foco na valorização de educadores(as) aposentados(as) e funcionários(as) da educação. Já nas escolas, a categoria e estudantes farão um dia de Plataforma Zero, nome dado à greve de aplicativos e uso de dispositivos digitais em sala de aula.
Neste ano não haverá paralisação total das aulas; elas ocorrerão, mas priorizando a interação humana e o uso de recursos didáticos tradicionais. A greve de plataformas é uma forma forma de protesto para demonstrar a insatisfação com o modelo educacional que coloca as tecnologias no centro do trabalho pedagógico, prejudicando o aprendizado, atacando a autonomia docente e adoecendo professores(as) e estudantes.
Já a mobilização presencial cobra celeridade para a reformulação da carreira dos(as) agentes educacionais QFEB, que acumulam perdas salariais históricas. APP e Seed discutem propostas que serão levadas à Secretaria de Administração e Previdência antes do envio de um Projeto de Lei à Alep.
“Pedimos, principalmente aos(às) funcionários(as) de Curitiba e Região Metropolitana, que negociem com seus diretores para representar a escola aqui e participar da luta coletiva”, finaliza Walkiria Mazeto.
Outras pautas prioritárias são a extensaõ do índice do Piso (13,25%) aos(às) aposentados(as) sem paridade e a isenção do desconto previdenciário até o teto do INSS (R$ 7,5 mil). Com a reforma da Previdência, a contribuição passou para 14% sobre benefícios que ultrapassam três salários mínimos. A taxação injusta faz com que uma professora aposentada receba hoje menos do que recebia em 2019.
Educadores(as) de todo o Paraná desembarcam em Curitiba para participar da mobilização, com caravanas já organizadas nos 29 Núcleos Sindicais da APP. Entre em contato com o Núcleo da sua região e participe!
Memória
No dia 30 de agosto de 1988, policiais militares avançaram com cavalos, cães e bombas contra professores(as) que protestava por melhores salários e condições de trabalho na Praça Nossa Senhora de Salette, em Curitiba. A repressão uniu a categoria, que transformou a data em dia de luto e luta.
Muitas conquistas trabalhistas vieram depois daquele fatídico dia: o piso salarial nacional, o plano de carreira para docentes, a realização de concursos públicos e o direito à hora-atividade, mostrando que a luta não foi em vão.