Escrito por: CUT-PR com informações da APP-Sindicato
Texto aprovado prevê 13,25% para os professores QPM e PSS, além dos aposentados com paridade; data-base ficou em 5,79%
A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou nesta terça-feira (4) o PL 532/23 que trata da data-base dos servidores públicos estaduais e também do piso do magistério. A votação foi precedida de uma intensa mobilização dos sindicatos, não apenas pelo aumento salarial, mas também para a manutenção do mês de referência para o reajuste da categoria.
Desta forma, segundo a APP-Sindicato, que representa professores e funcionários de escola, será possível abrir caminho para uma eventual judicialização do pagamento retroativo da categoria. Isso porque o reajuste será implantado apenas na folha de agosto deste ano.
“Manter maio é importante porque sem isso a gente perderia a referência e não teria mais como saber quanto o governo nos deve”, explica a presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto. Ainda de acordo com ela, o Sindicato avalia juridicamente a possibilidade de ingressar na Justiça para que o pagamento do Piso seja retroativo a janeiro.
Contudo, segundo a dirigente, ainda existem pontos da campanha salarial 2023 em que é preciso avançar. Um deles é paridade dos aposentados. Nós não vamos abrir mão disso, porque o menor salário é o dos nossos aposentados e não é justo que a gente tenha 10 mil professores aposentados ganhando R$ 2,9 mil sem os 13,25% de reajuste do piso como os demais”, completa. A reestruturação das tabelas salariais dos funcionários de escola (QFEB) também segue na pauta da APP neste segundo semestre.
Para o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, é preciso que a categoria siga mobilizada para pressionar a gestão de Ratinho Júnior (PSD). “Há um histórico de fechar os olhos e ouvidos para a classe trabalhadora. Ratinho não recebe, não negocia e não escuta. Assim a única forma de avançar nas pautas do funcionalismo público é com mobilização, pressão e unidade”, completou.