Escrito por: CUT-PR
CUT Paraná exige das autoridades investigação célere para descobrir culpado por e-mail criminoso
A primeira vereadora negra eleita por Curitiba, a professora Carol Dartora (PT), denunciou neste domingo (6) que está recebendo ameaças de morte por e-mail. A correspondência eletrônica, além de conter ameaças contra a vida da parlamentar, também é um clássico do racismo brasileiro, com um sem fim de injúrias raciais. Um verdadeiro amontoado de artigos do código penal cujas autoridades tem a obrigação, não apenas de investigar, mas fazer com que o andamento da apuração seja o mais célere possível.
As ameaças de morte ainda trazem duas tristes – e revoltantes – coincidências. A primeira delas é que ocorre poucos dias após o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, dizer que não existe racismo na cidade. Não é cômico, nem trágico. É objeto de revolta de quem conhece o dia a dia da nossa cidade, onde os negros são invisibilisados e relegados ao segundo plano. Basta ver, prefeito, a formação do primeiro escalão da sua administração.
A segunda coincidência é que ela há 2 dias de quando completarão 1.000 dias do assassinato de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes e cujo autor intelectual segue impune e desconhecido da justiça.
Carol Dartora, em nota enviada à imprensa, já confirmou que entrou em contato com as autoridades competentes. A CUT Paraná estará ao lado da vereadora eleita para que ela possa desenvolver o trabalho para o qual foi eleita, sem a intromissão ou qualquer tipo de ameaça de grupos racistas, antidemocráticos e que buscam frear os avanços sociais no Brasil.
Todo apoio à Carol Dartora.