Escrito por: CUT-PR

Atuação dos movimentos sociais no atual cenário brasileiro

Organizar os trabalhadores é fundamental para ter êxito em todos os setores da sociedade

Na segunda mesa de debates que aconteceu na manhã deste sábado (29), durante a 15ª edição do Congresso Estadual da CUT Paraná, (CECUT-PR), que está acontecendo na Associação Banestado, localizada na Praia de Leste, no litoral paranaense, as ações junto aos sindicatos e movimentos da comunidade necessita estar alinhada as demandas dos (as) trabalhadores (as) conforme a situação de cada localidade. 

Neste sentido, a criação de estruturas que atuam dentro das associações e junto às bases da comunidade é essencial para ampliar a unificação das necessidades referente às questões diante da atual conjuntura política com a eleição do presidente Lula. 

O presidente da CUT-PR, Marcio Kieller, fez um levantamento das ações nos últimos quatro anos e ressaltou que os debates existentes durante a pandemia de COVID-19, permaneceram no âmbito interno. Com a possibilidade dos encontros presenciais, houve uma maior participação das entidades e o avanço das discussões. 


“Criamos canais de comunicação para uma estrutura mais ampla, utilizando as tecnologias que estão disponíveis e as transmissões. Com isso, foi possível repassar as informações necessárias para manter todos os envolvidos mais unidos”, disse. 

Kieller ressaltou também que tem reafirmado cotidianamente a importância dos sindicatos para colocar na pauta do dia as demandas da classe trabalhadora. Essas demandas são debatidas dentro da política com a eleição de pessoas que estão envolvidas com a classe política e mais próxima do Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa do Paraná. Nesse processo, houve uma maior aproximação com diversos sindicatos. Atualmente são seis federações e 182 sindicatos de 14 ramos diferentes da sociedade que estão juntos com a CUT-PR. 

“A gente sabe que o momento foi de resistência, mas sabemos que agora devemos olhar para dentro para entendermos o comportamento e a dinâmica que a CUT-PR deve ter”, explicou.

Na mesma linha de raciocínio, a vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação (CNTE), professora Marlei Fernandes, destacou a unificação da luta dos sindicatos nos territórios não é um processo fácil, mas necessário. “Precisamos voltar ao debate do trabalho como o centro organizativo de nossas vida enquanto classe”. 

Ainda segundo ela, os trabalhadores não compreendem mais o que é ter FGTS e emprego digno. “Isso precisa ser o elemento da nossa luta, através de um debate mais amplo, através da regionalização e do trabalho que precisamos fazer”, comentou.

O presidente da Fetec-CUT-PR, Deonísio Schmidt, apontou um conjunto de ações que precisam ser destacadas e colocar esses temas como prioridade nas organizações. “Há sinais de que a democracia brasileira vai ser consolidada quando o presidente Lula chama os sindicatos, reitores, para a mesa de debates, visando a valorização e igualdade salarial”.