Escrito por: SEEB Curitiba
Aumento da competitividade em busca da remuneração variável e diminuição dos salários fixos são as premissas da mudança
O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira, 03 de fevereiro, por meio de sua agência de notícias, mais um processo de reestruturação, com impactos diretos sobre a remuneração dos funcionários e uma série de prejuízos. Sob a justificativa de reforçar a meritocracia e estimular a alta performance, a direção do banco ampliou o público alvo do Programa de Desempenho Gratificado (PDG) de premiação. Por outro lado, revisou a remuneração fixa de todas as Funções de Confiança e Gratificadas (FCG) para, conforme o comunicado, alinhar aos valores menores praticados no mercado.
“Trata-se de uma reestruturação absurda, que altera os VRs e gera mais um imenso passivo trabalhista para o Banco do Brasil. É o retorno da verba temporária, que prejudica o mérito e a antiguidade e diminui consideravelmente os salários”, avalia o dirigente sindical Alessandro Garcia (Vovô). “Não compactuamos com essa medida esdrúxula de redução salarial, maquiada de reestruturação com ênfase na renda variável!”, finaliza.
“É evidente que esta mudança é mais uma imposição do Governo Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes – assim como está acontecendo simultaneamente na Caixa Econômica Federal – para reduzir os custos de pessoal e impor sua agenda privatista”, acrescenta a dirigente sindical Ana Paula Busato. “Ainda vale destacar que haverá impacto nas arrecadações de Cassi e Previ, agravamento do adoecimento dos funcionários por conta das metas e impactos diretos nas aposentadorias”, completa.
Diante das inúmeras denúncias e reclamações, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Financiários e Empresas do Ramo Financeiro de Curitiba e região já está aguardando parecer de sua assessoria jurídica, com as medidas cabíveis. Além disso, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil também está em reunião com a direção do banco para tratar da reestruturação.