Escrito por: CUT-PR

Centrais pressionam patronato por aumento real do piso regional no Paraná

Definição do índice do reajuste pode sair ainda nesta semana

CUT-PR
Reunião do GT nesta segunda-feira (8)

Nesta segunda-feira (8) representantes dos trabalhadores e trabalhadoras, por intermédio das centrais sindicais, participaram de uma nova rodada de negociações sobre o reajuste do piso regional no Paraná. Os debates acontecem dentro do Grupo de Trabalho formado no Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda, no qual ocorrem as negociações sobre o tema e que reúne, além das centrais, a representação do patronato e do poder executivo estadual.

No último dia 3 de novembro, os trabalhadores apresentaram uma proposta para que o reajuste fosse baseado a partir do cálculo de janeiro de 2022 com reajuste do INPC, deste ano, mais 50% do crescimento do PIB de 2019 "(0,70%). O reajuste "de 2023" levaria em conta o "INPC de 2022 acrescido do" crescimento total "da variação" do PIB deste ano.

Os patrões, por sua vez apresentaram uma contra proposta com reposição de apenas 50% do INPC de 2021. “Esta possibilidade para nós simplesmente não existe”, garante o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller. Segundo ele, após intensas negociações uma proposta de consenso foi aproximada com a reposição da inflação de 2021 a partir do INPC acumulado em 2021 com arredondamento, que saberemos apenas no início de janeiro de 2020 e possivelmente ficará em torno de 10%.

É preciso valorizar o trabalho. Não dá para esperar que a economia volte a crescer sem a valorização e remuneração da classe trabalhadora”, aponta o economista do Dieese no Paraná, Sandro Silva. A representação patronal deverá dar uma resposta ainda esta semana sobre a proposta.