Escrito por: CUT-PR
Em reunião, dirigentes reiteram a importância de implementação de comitê com a participação dos trabalhadores
Na manhã desta quinta-feira (11), dirigentes das principais centrais sindicais do Paraná, participaram de uma reunião para debater a situação da pandemia no Estado. O entendimento, unânime, é de que o Governo do Paraná precisa implantar o comitê para o combate à pandemia com a participação da classe trabalhadora. O grupo já está regulamentado por decreto, mas ainda não foi instituído pela Secretaria de Estado da Saúde.
“Já faz sete meses que o Ratinho assinou o decreto, após intensa cobrança da CUT e demais centrais. Contudo, até o momento, é apenas um papel sem resultado prático nenhum. Enquanto isso, trabalhadores e trabalhadoras são expostos aos riscos diariamente e seguem sem voz. Ao mesmo tempo, os empresários dão a linha nas políticas de distanciamento social, muitas vezes, com mais importância até mesmo que os profissionais de sáude”, apontou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.
Segundo ele, a necessidade de uma política de lockdown é imprescindível. “Esta é a opinião de todos os especialistas em saúde. O que estão esperando? Que faltem apenas não leitos em hospitais, mas vagas no sistema funerário como vimos acontecer em outros estados e em outros países? A situação é caótica e é imperativo uma ação mais incisiva no combate ao novo coronavírus”, completou Kieller.
As centrais também discutiram próximas ações, organizadas nacionalmente, para cobrar a vacinação e o combate à pandemia. Uma atividade das mulheres das centrais sindicais também está no radar para as próximas semanas.
Fórum de Liberdade Sindical
Na sequência da reunião entre as centrais sindicais, um encontro com representantes do Fórum de Liberdade Sindical, que além das entidades de representação dos trabalhadores, reúne representantes do Ministério Público do Trabalho do Paraná. A pauta central também girou em torno da pandemia de covid-19. Mas outros temas também entraram na pauta das organizações, como atividades voltadas para as mulheres trabalhadoras.
“Vamos encaminhar, por meio do Fórum, ofício que será protocolado ao Ratinho Júnior, exigindo ações imediatas de proteção das trabalhadoras e trabalhadores com o objetivo de conter a pandemia e salvar vidas. Uma audiência pública deve ser chamada para a próxima semana, com a participação do Governo do Estado, para reforçarmos a importância desta questão, de que a voz dos trabalhadores e trabalhadoras seja ouvida”, finalizou Kieller.