Escrito por: CUT-PR
Serão R$ 5 milhões a menos na economia do município
O Sindicato dos petroleiros (Sindipetro PR/SC) e dos Petroquímicos (Sindiquímica) com a participação da CUT-PR, organizam um ato em defesa dos empregos dos trabalhadores(as) no dia 17 de janeiro na FAFEN, na sexta feira a partir das 07:00 da manhã.
A quebra do acordo entre a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Ministério Público do Trabalho coloca na fila do desemprego 1000 famílias. São 396 empregos diretos e 600 empregos terceirizados. Estas medidas são consequências da política de enfraquecimento da estatal para assim justificar sua privatização.
Diante da grave situação, petroleiros preparam greve para barrar as demissões. De acordo com a Federação dos Petroleiros, não houve qualquer negociação com o sindicato ou com a FUP para discutir o destino dos trabalhadores, pelo contrário, a categoria tomou conhecimento das demissões pela imprensa. Só então, o Sindiquímica-PR foi formalmente comunicado sobre o fato.
Ainda de acordo com a FUP, a gestão da Petrobrás está negociando a venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e da Usina do Xisto (SIX), ambas no polo de Araucária, no Paraná. Essas duas unidades integram o pacote de oito refinarias, com suas redes de dutos e terminais, que a direção da estatal pretende privatizar, no rastro da desintegração da empresa, que está em curso desde 2016, ou seja, mais desempregos a vista se essas medidas não forem impedidas.
Para o presidente do SindiPetro e vice presidente da CUT-PR, Mário Dal Zot, "a Petrobrás mente e mente descaradamente que a Fábrica de fertilizante nitrogenados dá prejuízo". Para justificar a privatização, a empresa "faz uma manobra contábil pra justificar o fechamento ignorando seus empregados e suas famílias, não dá prejuízo em hipótese alguma, utiliza como matéria prima o RASF um refugo da refinaria e agrega valor transformando em uréia um fertilizante do qual o Brasil é extremamente dependente. Em resumo, essa gestão entreguista estará entregando essa fatia de mercado aos importadores e mercado internacional gerando emprego e renda lá fora e desemprego e miséria aqui", completa Dal Zot.
Os impactos gerados pelas demissões, não se limitam às familías dos (as) trabalhadores(as) desempregados (as). A população de Araucária também sentirá as consequências deste desrrespeito às/aos trabalhadoras(es), afetando principalmente a qualidade dos serviços públicos prestados a população, como saúde, educação, obras e segurança.
Conforme publicação do Sindiquímica, a folha dos 400 trabalhadores diretos, é de aproximadamente R$ 10 milhões, destes, 50 % ficam no município, perdendo aproximadamente 5 milhões anuais em circulação. Ainda, conforme o sindicato dos petroquímicos, com relação à prestação de serviços, a Ansa/Fafen-PR arrecada para Araucária cerca de R$ 200 mil mensalmente.
Para o presidente da CUT-PR, Márcio Kieller, toda a comunidade paranaense vai ser afetada de alguma forma com o encerramento das atividades. Para Kieller, a defesa dos empregos deve ser prioridade, pois são eles que garantem o desenvolvimento econômico e humano do município. "O fim das atividades pode trazer graves problemas econômicos e sociais para as trabalhadoras e trabalhadores, para o município de Araucária e para todo o Estado Paraná, por isso a CUT-PR defende os empregos e a continuidade das atividades da FAFEN, pois o desgoverno Federal de Bolsonaro está na contramão do desenvolvimento ao abrir mão de uma empresa estratégica para o Paraná e para o Brasil.” afirma.