Escrito por: CUT Paraná
Central ainda retomou a necessidade da criação de um comitê de crise da pandemia com envolvimento da classe trabalhadora
A CUT Paraná cobrou, nesta quarta-feira (19), do Governo do Estado, a prorrogação do prazo que impede o corte dos serviços de água e luz no Paraná para toda a classe trabalhadora enquanto durar a pandemia. Em vigor desde abril, a legislação aprovada pelo Governo do Estado, atualmente prevê que a interrupção dos serviços fique restrita a grupos pré-determinados e no início deste mês os cortes foram retomados para o restante da população.
A cobrança foi feita pelo presidente da Central, Márcio Kieller, durante a reunião do Conselho Estadual do Trabalho. “A pandemia ainda não acabou e mesmo que tivesse acabado as consequências econômicas e sociais serão sentidas por um bom tempo depois que a crise sanitária for resolvida. Seria injusto não estender este decreto para toda a classe trabalhadora. Por isso a CUT, em nome da bancada dos trabalhadores, trouxe essa demanda para o Governo do Paraná”, explicou Kieller.
Durante a reunião, com a presença de representantes da classe trabalhadora, de sindicatos patronais e do secretário de Justiça, Família e Trabalho, Mauro Rockenbach, a CUT Paraná também foi incisiva na cobrança da criação de um comitê de crise da pandemia com a participação das trabalhadoras e trabalhadores. O compromisso foi assumido pelo Governador Ratinho Júnior, ainda em abril, em uma reunião em ambiente virtual com representantes das centrais sindicais nacionais e também do Estado. Contudo, até o momento, a proposta não saiu do papel.
“Optamos, dentro do conselho, pela difícil escolha de obstrução dos trabalhos enquanto não for dada uma resposta para a criação do comitê de crise do coronavírus. Ora, se as trabalhadoras e trabalhadores são os mais atingidos pela pandemia, é impensável que não sejam ouvidos nas medidas de combate à Covid-19”, completou Kieller.
Segundo ele, o secretário Mauro Rockenbach comprometeu-se em, logo após o final da reunião, encaminhar a criação do comitê. “Acreditamos que isso deve melhorar as relações internas no conselho. Mesmo com o fim da pandemia, que ninguém sabe quando será, os reflexos da crise sanitária serão sentidos na vida da classe trabalhadora por um bom tempo”, concluiu.