Escrito por: CUT-PR
Evento acontecerá na sexta-feira, às 9h e terá transmissão on-line pelos perfis das redes socais da entidades
A CUT Paraná e demais centrais sindicais realizam na sexta-feira (22), às 9h, no auditória da Fetraconspar, um debate sobre Tarifa Zero no Transporte Público de Curitiba. O evento terá, além de representantes das entidades, especialistas em mobilidade para debater formas de garantir a implantação de políticas públicas que garantam condução de qualidade e gratuita para a classe trabalhadora.
Nesta segunda-feira um grupo formado por representantes das Centrais e do Dieese visitou a Câmara de Vereadores de Curitiba. Eles visitaram representantes da comissão responsável por discutir o tema no legislativo municipal. “Fomos recebidos pelos vereadores Erivelto Oliveira e Rodrigo Reis. Conversamos sobre diversas possibilidades para a implantação da Tarifa Zero em Curitiba, inclusive com exemplos que se multiplicam por todo o Brasil”, explicou Kieller, que também convidou os parlamentares para participarem do debate na sexta-feira.
Kieller ainda lembrou da PEC 25/23, que tramita no Congresso Nacional, que tem como objetivo estabelecer um Sistema Único de Transporte em todo o Brasil. A ideia é estabelecer o transporte público como direito social na prática uma vez que outra emenda à Constituição, ainda em 2015, já garantiu na teoria. Um dos pontos apontados pelos especialistas é que o subsídio público oferecido em diversos locais do Brasil às empresas responsáveis pelo transporte público não resulta em redução da tarifa para a população, tampouco em melhoras na qualidade do serviço prestado.
O coordenador técnico do Dieese no Paraná, Sandro Silva, destacou que além do debate envolvendo a Tarifa Zero, outros pontos devem ser analisados em Curitiba. “Na Câmara reforçamos o convite para o nosso debate, mas não podemos limitar a questão apenas no ponto da Tarifa Zero. Existem outros aspectos que também precisam ser analisados. O atual contrato com as empresas, em Curitiba, vence em 2025 e temos vários apontamentos que vem de muito tempo. É preciso aumentar a transparência, garantir controle social e atualizar os mecanismos que definem a tarifa. Uma comissão formada em 2013 fez várias sugestões, além da própria CPI do Transporte o relatório do Tribunal de Contas do Estado. De prático, poucas coisas avançaram”, completou.