Escrito por: CUT Paraná
Entidades realizarão "faixaço" em frente ao Palácio Iguaçu
O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), que reúne diversos sindicatos do setor público estadual, está organizando uma série de atividades de luta contra a reforma administrativa que o Governo Federal pretende implantar. Com este objetivo, no próximo dia 30, será realizada uma ação de protesto contra a intenção e também para esclarecer a população do real significado da proposta e seus impactos. Devido à pandemia de Covid-19, as entidades realizarão um "faixaço" de protesto em frente ao Palácio Iguaçu e não haverá atividades com aglomeração de pessoas.
A Proposta de Emenda à Constituição 32 (PEC 32), entre diversos problemas, passa a deixar o estado como prestador de serviço complementar e não o principal para atividades essenciais, invertendo a lógica atual, em que os planos de saúde, por exemplo são complementares ao Estado.
“São os servidores públicos que garantem acesso a todos e todas à saúde, segurança e assistência social, assim como a serviços jurídicos. Dia 30 será o dia nacional de luta dos servidores das três esferas”, disse a professora Marlei Fernandes, da coordenação do FES, direção da CUT Paraná e vice-presidenta da Confederação Nacional do Trabalhadores em Educação (CNTE).
“Caminharemos juntos aos servidores e servidoras nesta luta e é preciso estabelecer, de forma evidente, que esta não é uma luta de uma categoria. Essa é uma batalha que precisa ser travada por toda a sociedade pois o impacto nos serviços públicos será imenso e precarizará ainda mais o atendimento”, aponta o presidente da CUT Paraná, Márcio Kieller.
Para o economista Cid Cordeiro, há na proposta um aspecto ideológico, uma visão neoliberal. “A ideia por trás da PEC é que o Estado ofereça menos serviços para a população e transfira a busca do serviço público pelo cidadão para a iniciativa privada. Hoje as pessoas pagam impostos e recebem assistência do Estado. Com a PEC, o que hoje é concedido ao cidadão como contrapartida à sua contribuição, passará a ser pago”, enfatizou.