STF decidiu que afastamento do vereador era irregular e fundamentado pelos racismos estrutural e institucional
Na manhã desta quarta-feira (28) foi realizada, em frente à Câmara de Vereadores de Curitiba, um ato político da posse popular do vereador Renato Freitas. A mobilização acontece após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela suspensão da cassação do mandato do vereador. No dia 23, o ministro Luís Roberto Barroso acatou a tese da defesa de Freitas e concluiu que o processo de cassação deve ser disciplinado em âmbito federal e não local. Além disso, destacou que Freitas foi vítima da perseguição política e racial.
Freitas agradeceu e comemorou junto aos apoiadores e destacou que a vitória era uma conquista coletiva. “A gente divide o pouco que tem e, às vezes, o pouco é nada. Aí a gente divide um abraço, olhamos uns nos olhos dos outros e dividimos sinceridade. Ficamos ricos de novo e voltamos fortes”, destacou. O vereador também fez ressalvas à importância das instituições no caso e atacou a postura do judiciário e de parte da mídia locais. “Eu sou porque nós somos”, pontuou.
O presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, esteve na manifestação e reiterou o apoio da central. “A luta da CUT é sempre ao lado da classe trabalhadora e dos movimentos populares. A posse do Renato é exatamente isso. A luta contra o preconceito, contra o racismo e o retorno de um trabalhador ao legislativo municipal”, destacou.
"O retorno do Renato Freitas à Câmara Municipal é uma vitória da luta anti-racista pois ficou evidente que tudo nao passou de uma perseguição racista. A posse Popular foi uma festa bonita de se ver muito emocionante. Os ventos da esperança voltam a soprar e a espalhar as sementes da Justiça. Basta de racismo e de toda forma de preconceito", completou o secretário de combate ao racismo da CUT Paraná, Luiz Carlos dos Santos.