Escrito por: CUT-PR
Edição deste ano marca rearticulação na luta feminista
Uma delegação composta por aproximadamente 370 paranaenses, entre mulheres e homens, está em Brasília para participar da Marcha das Margaridas de 2023. A organização espera que mais de 100 mil mulheres de todo o Brasil participem da 7ª edição do evento que neste ano deve ser marcada pela rearticulação na luta feminista.
“Com muito orgulho vamos reforçar essa luta. Uma luta das mulheres trabalhadoras que desejam igualdade na sociedade e o fim da violência contra as mulheres”, destaca a secretária da mulher trabalhadora da CUT Paraná, Eunice Miyamoto.
A abertura política da marcha está marcada para as 17h de terça-feira (15), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília. Mas as atividades da marcha começam logo cedo, a partir das 8h, com plenárias, oficinas, rodas de conversa, espaço de saúde (com práticas integrativas) e a Mostra Nacional da Produção das Margaridas, uma feira com exposição de produtos de todos os estados brasileiros. As atividades vão até a quarta-feira (16).
O nome da Marcha das Margaridas é inspirado em Margarida Maria Alves. A nordestina e trabalhadora rural, ocupou por 12 anos a Presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, rompendo com os padrões tradicionais de gênero. No dia 12 de agosto de 1983, a líder sindical foi cruelmente assassinada em frente de sua casa.
Ela já vinha recebendo diversas ameaças pela atuação em favor da reforma agrária e dos direitos de trabalhadoras e trabalhadores rurais – na época em que foi executada, estava movendo cerca 70 ações na Junta de Conciliação e Justiça de Campina Grande, representando trabalhadores rurais, contra grandes proprietários da região.
"Seguiremos juntas, até que todas nós sejamos livres! Resistimos para viver, marchamos para transformar", finalizou Eunice.