Escrito por: SEEB Curitiba

Demissões e fechamento de agência do Itaú preocupam Bancários de Curitiba

Sindicato está fazendo um levantamento dos números e impactos na sua base de atuação

Somente no mês de fevereiro, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região recebeu informações de 10 demissões realizadas pelo banco Itaú. Os desligamentos parecem fazer parte de um movimento nacional do banco, que continua fechando agências bancárias e enxugando seu quadro de funcionários. “Tais demissões ligaram um alerta no Sindicato, que já está acompanhando a situação e levantando os números locais”, explica Vandira Martins, representante na COE/Itaú.

Assim que a próxima reunião entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE/Itaú) e o Itaú for agendada, o movimento sindical irá cobrar explicações sobre o fechamento de agências e as demissões, bem como sobre as condições de trabalho no banco, a cobrança de metas e exposição de rankings e o assédio moral. “Vale lembrar que, somente em 2022, o Itaú lucrou mais de R$ 30 bilhões, com crescimento de 14,5%. Um banco tão lucrativo não pode continuar desrespeitando seus trabalhadores e atuando sem responsabilidade social”, acrescenta Vandira.

“Demissão humanizada”

Como se já não bastassem as péssimas condições de trabalho e a alta rotatividade, o Itaú inventou uma nova modalidade de desrespeito com os trabalhadores que constroem seu lucro: a “demissão humanizada”. Trata-se de um aviso ao bancário de que ele será demitido dali um tempo. O banco defende que esta é uma forma da pessoa não ser pega de surpresa com a demissão e ter tempo para buscar a realocação.

O Sindicato reitera que não existe forma humanizada de um banco como o Itaú, altamente lucrativo, demitir pais e mães de família que construíram os resultados positivos. O movimento sindical continuará cobrando do Itaú que, em vez de demitir, assuma a responsabilidade de realocar os trabalhadores na própria empresa.