Escrito por: CUT-PR
Categoria precisa de mais reconhecimento e menos aplausos
Essencial para a classe trabalhadora que precisa dos serviços prestados pelo estado. A categoria dos(as) servidores(as) públicos(a) tem pouco a comemorar nesta quinta-feira (28) quando é celebrado o seu dia. Atacado pelas mídias de extrema direita, tido caros e desnecessários pela direita liberal, em boa parte e sem reajustes para sequer repor a inflação. Em meio aos ataques constantes, uma nova ameaça: a PEC 32 da chamada reforma administrativa.
Para tratar destes temas o Quarta Sindical desta semana recebeu a diretora do Sindicato dos Servidores da Justiça do Paraná (Sindijus) e do Fórum das Entidades Sindicais (FES), Carolina Naldony e o presidente Federações de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (ProIfes), Nilton Brandão.
Carolina Naldony enfatizou os ataques constantes aos servidores e por qual motivo eles ocorrem. "Difícil chegar em casa depois de um duro de trabalho e ouvir ataques, como que servidor público não trabalha. Isso vem crescendo ao longo do tempo. Entendemos que há um projeto de acabar com a moral do servidor público. É muito difícil na frente dos teus familiares, no teu momento de descontração, ouvir algo neste sentido. Nosso trabalho é essencial para um estado forte, como no caso do Brasil, com tantas diferenças sociais. É imprescindível ter um serviço público de qualidade. Quando se ataca o servidor público eu entendo que se ataca a sociedade e o acesso aos serviços que são obrigação do estado oferecer, como educação, saúde, segurança e justiça. São serviços básicos para a sociedade. Desmoralizam, muitas vezes, com a intenção de privatizar e dificultar o acesso”, destacou.
Para o professor Nilton Brandão a Reforma Administrativa proposta por Jair Bolsonaro não vai combater privilégios, mas apenas, sucatear o que já existe, mantendo as benesses do andar de cima. “Quando dizem que a PEC 32 é para combater privilégios, por exemplo, quem está no teto não é atingido. Quando a sociedade escuta que tem que rever o cara que ganha 40 mil dá razão. Mas essa reforma não vai resolver isso. Juízes, procuradores federais, parlamentares, não estão na reforma administrativa. Vamos combater as férias de 60 dias, mas quem tem, não está na reforma administrativa. No serviço regular, para o trabalhador comum, não existe isso. Assim como não existe aposentadoria integral desde 2004. Analistas da grande mídia falam isso com a maior cara de pau do mundo. Ou é má-fé, sabendo o que está falando, ou são pessoas que não estudaram a realidade do País para falar do serviço público. São mentiras deslavadas”, garantiu.
No programa de hoje você confere ainda o histórico do Dia do Servidor Público, análises da conjuntura, o papel da categoria para o bem estar social em contraste com sua constante desvalorização na sociedade e muito mais. Toda quarta-feira você tem um compromisso conosco: às 11h30 uma nova edição do Quarta Sindical em nosso perfil do Facebook e também das páginas parceiras que retransmitem, semanalmente, o nosso programa.