Cerimônia foi realizada na noite da última terça-feira
oi empossada a nova gestão do SINTCOM-PR para o triênio 2022-2025. A nova diretoria elege Beth Ortiz, como Secretária Geral, sendo a primeira mulher a ocupar esse cargo, após três décadas de fundação do Sindicato, em 1989. O evento de posse aconteceu na sede do Sindicato, em Curitiba, na noite de terça-feira (24/5).
A nova diretoria reforçou o compromisso com a categoria em intensificar as setoriais, acompanhando e apoiando todas as demandas dos trabalhadores. Também enfatizaram a necessidade de unificação de todas as correntes internas em prol da luta pela recuperação dos direitos e avanços.
“Quero agradecer, especialmente, o apoio das mulheres e compartilhar com todas as ecetistas essa conquista que é ter pela primeira vez uma mulher ocupando o cargo mais importante à frente do SINTCOM-PR. Só nós mulheres sabemos o que sofremos dentro das unidades dos Correios. Hoje convido todas as ecetistas a assumir conosco esse protagonismo. Tenho certeza de que iremos fazer jus ao nome da nossa chapa que foi Resistência e Luta”, enfatizou Beth Ortiz.
O novo diretor financeiro, Ney Betin, relembrou os ataques sofridos pela categoria nos últimos anos. “Depois de décadas de lutas, em cinco minutos nós perdemos 50 cláusulas do nosso Acordo. Só as mulheres perderam 11, entre elas o direito de levar o filho ao médico. Desde a abolição da escravatura, no século XIX, nunca uma categoria foi tão atacada como a nossa. Vamos retomar o que nos foi tirado”, afirmou Betin.
Prestigiaram a cerimônia, a vereadora, Professora Josete, e o representante da vereadora, Carol Dartora, que por motivo de doença não pôde comparecer. Estiveram presentes, também, o presidente da Central única dos Trabalhadores (CUT-PT), Márcio Kieller, dirigentes de outros sindicatos trabalhistas e integrantes do Movimento Nacional da População de Rua.
A vereadora Professora Josete relembrou que foi seu mandato quem apresentou as Moções de Apoio aos Correios Público, na Câmara de Curitiba, realizando audiências públicas para que a população pudesse conhecer os motivos da campanha contra a privatização. Tanto ela, quanto o mandato da Carol Dartora, destacaram que seus gabinetes continuam abertos e à disposição da categoria ecetista.
Encerrando a noite, o presidente da CUT-PR, Márcio Kieller, explicou a necessidade de unificar toda a classe trabalhadora para eleger um governo democrático e popular que não massacre os pobres, que não retire direitos fundamentais dos trabalhadores e que seja comprometido com o papel estratégico das estatais brasileiras.
“O governo Bolsonaro segue a regra do *Consenso de Washington, na qual “é preciso ter reserva de mão de obra qualificada e desempregada para poder retirar direitos, explorar e lucrar”. Basta ver o mar de desempregados que temos hoje no Brasil. Também as empresas públicas sofrem com esse desmonte e sucateamento com o objetivo de entregar para a iniciativa privada, paralisar a possibilidade de luta dos trabalhadores e o papel social e econômico das empresas estratégicas. Cabe a nós, trabalhadores, retomarmos o protagonismo que nos pertence”, finalizou Kieller.
*Consenso de Washington: evento realizado na capital dos EUA, em 1989, que reuniu as principais instituições financeiras mundiais que acordaram radicalizar o neoliberalismo na América Latina.