Escrito por: APP-Sindicato Foz do Iguaçu

Educadores denunciam cancelamento de consultas pelo SAS em Foz do Iguaçu

APP-Sindicato/Foz recebeu diversas reclamações e relatos de servidores que buscam atendimento no Hospital Cataratas

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Educadores cobram melhoria no atendimento à saúde

Problema que se estende por anos, a precariedade do atendimento à saúde dos servidores estaduais tem novo agravante em Foz do Iguaçu. A APP-Sindicato/Foz está recebendo inúmeras reclamações e denúncias de educadores que buscam atendimento no Hospital Cataratas, credenciado ao Sistema de Assistência à Saúde (SAS), do Governo do Estado.

Os relatos são de morosidade no agendamento para avaliações médicas e retornos, falta de profissionais e adiamento e cancelamento de consultas e de outros procedimentos como cirurgias. Diante de tantas contestações do serviço, a direção sindical está recolhendo, pelos seus canais institucionais, situações enfrentadas por professores e funcionários de escola.

Em um dos casos, uma educadora enfrenta há três meses agendamentos e remarcações na tentativa de obter o atendimento para tratar de rompimento total de dois tendões. Agora, à véspera da consulta, o Hospital Cataratas anunciou novo cancelamento e afirmou que só terá vagas em 2023. A servidora sofre com dores nos últimos cinco meses.

“Não são poucas as reclamações que estamos recebendo e que seguem aumentando expressivamente nos últimos dias”, expõe a presidente da APP-Sindicato/Foz, Janete Batista. “Estamos perguntando sobre o serviço, e os relatos aparecem. Cancelamento e adiamento de consultas, além da falta de especialistas, dominam as muitas reclamações”, revela.

Os problemas do SAS em Foz do Iguaçu, na região e no estado não são de agora e sempre foram denunciados, lembra Janete. “De forma alguma aceitamos o argumento de que essa precariedade decorre da pandemia. Somos expostos a um modelo que não funciona, que traz sofrimento para a categoria pela demora ou total falta de atendimento”, afirma. Grande parte das doenças contraídas pelos servidores é decorrente do trabalho, ou seja, resultado do exercício profissional nas escolas, o que inclui o estresse. “Adoecer por conta da profissão e não ter tratamento minimamente adequado é uma crueldade com o educador”, finaliza Janete Batista.