Escrito por: CUT-PR com informações da APP-Sindicato
Atividade marcou os 33 anos do ataque os professores e professoras pela cavalaria da PM
Nesta segunda-feira (30) a APP-Sindicato realizou um ato, com todos os cuidados sanitários, para lembrar o 30 de agosto. A data marca o massacre promovido pelo então governador Álvaro Dias que ordenou o ataque da cavalaria da Polícia Militar contra professores e professoras em 1988. Anualmente a entidade realiza uma manifestação que lembra este triste episódio do Paraná.
“Esta é uma data que é preciso ser lembrada anualmente para que nunca mais se esqueça, para que não se repita. É também um dia de luto e luta, mas não apenas dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, mas sim de toda a classe trabalhadora. O ataque contra eles foi o ataque contra uma categoria organizada em luta pelos seus direitos”, apontou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller. “Quero saudar e reconhecer os(as) que lutaram aqui há 33 anos. Alguns estão nessa praça, muitos(as) nos acompanham pelas redes sociais, outros(as) já nos deixaram”, completou o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão.
Leão reafirmou que só a educação pública de qualidade, com respeito e valorização dos(as) trabalhadores(as), dos(as) estudantes e da gestão democrática da escola, é capaz de desenvolver econômica e socialmente o Paraná e o Brasil.
“Estamos fazendo esse ato de representação, reduzido, em função do período de pandemia, para marcar um dia de mobilização. Viemos de um período de greve em defesa da vida e a história precisa ser sempre contada, pois temos um País que precisa mergulhar em seu processo histórico, porque continuamos numa república de muita violência, de muita desigualdade e de muita falta de respeito em geral”, analisou o presidente da APP.
As semelhanças do momento atual com o período de 1988 foram ressaltadas pela secretária de Finanças da APP, Walkíria Mazeto. “A pauta central em 1988 era o desrespeito ao piso salarial. Hoje novamente estamos num 30 de agosto, 33 anos depois, com seis anos de salários congelados. Nossa pauta salarial retorna a essa praça, mas não só isso: cobramos respeito ao trabalhador e à educação pública.”, afirmou.
O fim da terceirização dos funcionários de escola é outra pauta da manifestação do 30 de Agosto. “Fizemos greve de fome para que não houvesse terceirização e o que alertamos estamos vendo agora: as escolas sem funcionários. O Estado foi obrigado a abrir contratos PSS para poder dar conta dos(as) funcionários(as) que as escolas precisam”, comentou Walkiria Mazeto.