Escrito por: APP-Sindicato
Em tempos de pandemia, servidores(as) fazem memória, postando fotos da data nas redes sociais
Era 29 de abril de 2015, um ato chamado para reivindicar direitos aos(às) educadores(as) públicos(as) do Paraná. A concentração marcaria um dia de luta da APP-Sindicato e demais sindicatos de servidores(as) na Praça Nossa Senhora de Salete, cenário típico no Centro Cívico de Curitiba, que engloba os poderes governamentais e legislativos.
No entanto, o dia de luta se transformou em luto – jamais poderá se repetir e nunca será apagado como os conteúdos das salas de aula. Uma cena dramática, que rende nota zero por tanta crueldade, dominou o cenário da paz por guerra, após o governo na época (gestão Beto Richa, do PSDB, e do escudeiro Francischini) ordenar ataques aos(às) participantes da mobilização. A brutalidade dos(as) policiais militares foi uma verdadeira batalha física e emocional com cicatrizes irreparáveis a quem vivenciou ao vivo e a cores.
São cinco anos da cena historicamente dramática e com feridas para a educação pública paranaense. Oficialmente, o registro é de mais de 200 pessoas feridas pelas chamadas “autoridades”. Porém, para preservar a integridade física e moral das vítimas, a direção da APP-Sindicato, por meio da Secretaria de Assuntos Jurídicos, trabalha para preservar a integridade física e moral das vítimas. São mais de 150 processos em defesa dos diretos dos(as) educadores(as) sindicalizados(as) e feridos(as) no Massacre de 29 de Abril e vitórias humanas e justas já foram conquistadas.
Afinal, quem disse que manifestação pacífica em local público não é permitida ou que se justifica com brutalidade para terminar o ato? Cada ação, uma reação!
29 de Abril: Jamais esqueceremos! A defesa da democracia e dos serviços públicos foi suprimida por um dia de tristeza e indignação com bombas e gás lacrimogêneo, mas, certamente, deixou mais uma lição e aprendizado nos 73 anos da APP-Sindicato.
Hoje, a sociedade precisa saber que a violência contra professores(as) e funcionários(as) continua acontecendo todos os dias. Perseguição, falta de profissionais, falta de atendimento à saúde, retirada de direitos não deixam de ser uma verdadeira bomba nas escolas diariamente.
De 2015 para 2020, entre um governo e outro, novos ataques tentam atingir a educação pública. Este ano, além de combater uma doença que não poupa ninguém, uma outra forma de vírus se tornou letal no Paraná. O vírus da intolerância e da falta de respeito com servidores(as) e com a população paranaense. Ratinho Junior segue os passos de seu antecessor, aprofundando ataques e retirando direitos da população. Os governos passam, mas professores(as), funcionários(as), policiais, médicos(as), enfermeiros(as), servidores(as) públicos(as) em geral, estes permanecerão sempre firmes na luta por respeito, trabalho e salários dignos.
Dia de memória: Como estamos em quarentena, o Sindicato orienta a categoria a postar nas redes sociais, fotos do fatídico 29 de abril. Imagens que ficarão para sempre na nossa memória deverão ser compartilhadas com o mundo, demonstrando a força e a coragem de uma categoria que não foge à luta. A hashtag da postagem deverá ser #29deAbrilJamaisEsqueceremos.