Escrito por: CUT-PR com informações da Fórum
Dirigente do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu foi morto a tiros por um bolsonarista na madrugada deste domingo (10)
Durante a madrugada deste domingo o dirigente do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi), Marcelo Arruda, foi assassinado a tiros por um bolsonarista durante a festa de comemoração dos seus 50 anos. A CUT Paraná lamenta, profundamente, esta perda irreparável para todo o campo progressista.
“O movimento sindical está de luto. A morte de Marcelo Arruda é uma tragédia que poderia ser evitada. O assassino foi quem atirou, mas não puxou o gatilho sozinho. As mão de muita gente que participou deste processo de disseminacão do ódio também está suja do sangue de Marcelo. Vamos cobrar providências das autoridades para que garantam mais segurança e que também adotem medidas protetivas no primeiro sinal de ameaça contra a integridade física de qualquer liderança do campo popular e democrático”, garantiu o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.
As primeiras informações sobre o caso dão conta de Marcelo Arruda, que era guarda municipal, comemorava sua festa de 50 anos de idade quando foi assassinado com três tiros pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, da Polícia Penal Federal. Ele teria parado seu carro próximo de onde acontecia a comemoração gritando “É Bolsonaro, seus filhos da ****”. Marcelo, neste momento, teria ido ao seu veículo para pegar sua arma funcional com receio do retorno de Guaranho, que acabou voltando e efetuando os disparos. Ele estaria hospitalizado e já sob custódia. (informação de 16h45)
Repercussão – O assassinato de Marcelo Arruda ganhou o noticiário e as redes sociais desde o início da manhã deste domingo (10). O ex-presidente Lula lamentou o episódio. "Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda. Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável", destacou.
A direção do Sismufi, em nota publicada, manifestou seu pesar e destacou o legado deixado pelo dirigente. Arruda era um lutador incansável pelas causas dos servidores municipais, para ele não tinha tempo ruim, sempre disposto e aguerrido nas lutas pelos direitos dos trabalhadores. Fica uma lacuna de um grande homem na luta sindical. Neste momento de imensa dor pela perda irreparável, só Deus poderá confortar os corações dos familiares e amigos”, diz trecho do texto.
"Uma tragédia fruto da intolerância dessa turma", afirmou a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). "O Bolsonarismo mata! O ódio, a violência, o fanatismo incentivado por Bolsonaro mata! Meus sentimentos a toda a família e aos amigos de Marcelo neste momento de dor. Meus sentimentos pela tragédia que vivemos no Brasil!", disse em suas redes sociais o deputado federal Zeca Dirceu.
O senador Humberto Costa também manifestou-se. “É estarrecedor o nível de ódio e violência política que estamos atravessando. A tragédia é fruto da intolerâcia proliferada por Bolsonaro e sua turma, que, já em 2018, dizia que iria 'fuzilar a petralhada'. Marcelo perdeu a vida enquanto a celebrava. Não é o primeiro episódio de violência, mas precisa ser o último. Não podemos permitir que o ódio vença”, destacou.