Escrito por: Regina Cruz, presidenta da CUT Paraná

Negociação é a única saída para o impasse dos servidores municipais de Curitiba

Nota da presidência da CUT Paraná sobre a greve dos educadores na capital

A greve dos educadores de Curitiba entra no seu terceiro dia e sem a previsão de uma negociação efetiva. A postura da administração municipal ao judicializar o movimento grevista é irresponsável. Os principais pontos da pauta colocados pela categoria, representada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba, mais do que justos, são condições imprescindíveis para o desenvolvimento de uma educação pública de qualidade.

Não há outra saída que não a reversão do processo de judicialização que criminaliza o movimento sindical. É preciso, aliás, mais do que isso, é imprescindível que uma rodada de negociações efetiva e objetiva tenha início, colocando na mesa trabalhadores e trabalhadoras sentados ao lado do prefeito em iguais condições para negociação. Situações condizentes com o histórico de lutas e defesa da CUT, desde a sua fundação, pela liberdade e autonomia sindical.

O tema em pauta é essencial, tanto o é, que foi uma das principais bandeiras de Gustavo Fruet em sua campanha: a valorização da educação. Esta valorização, não temos dúvida alguma, começa pelo reconhecimento de uma categoria essencial para o futuro e presente da nossa cidade. 

Desta forma, a CUT apoia de forma irrestrita o Sismuc e condena a judicialização do movimento grevista. Exigimos, neste cenário, uma negociação efetiva e com avanços concretos para a categoria. Assim, novamente, a Central Única dos Trabalhadores do Paraná reafirma seu único e exclusivo compromisso, que é com a classe trabalhadora.
 

Regina Cruz, presidenta da CUT Paraná.