Escrito por: CUT-PR

Quarta Sindical: A luta feminista é todo dia Sistema patriarcal, aumento da precar

Sistema patriarcal, aumento da precariedade durante a pandemia, espaços e poder e muito mais na conversa com Marlei Fernandes e Luciana Rafagnin

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A luta feminista e o Dia Internacional da Mulher. Esta foi a pauta do Quarta Sindical desta semana que recebeu a deputada estadual Luciana Rafagnin e a diretora da CUT Paraná e vice-presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores(as) em Educação, Marlei Fernandes. Elas falaram sobre a história das lutas feministas, a situação das mulheres trabalhadoras, os espaços de poder e principalmente, a situação durante a pandemia de Covid-19. 

 

“Somos (as mulheres) 52% da população no Brasil. Somos a maioria. A pandemia afetou a agricultura familiar, que a maioria da produção é das mulheres, afetou as trabalhadoras do lar, que fazem o serviço doméstico nas casas, afeta brutalmente as educadoras, as assistentes sociais, as trabalhadoras da saúde. Nós mulheres fomos amplamente afetadas em nosso trabalho, na nossa condição de vida, sem auxílio do governo neste momento de pandemia. É uma reflexão que precisamos dar continuidade”, comentou Marlei Fernandes.

 

Segundo ela, os reflexos na vida das mulheres durante a pandemia são mais amplos do que se possa imaginar. “Na violência doméstica, no salário, na saúde mental, na invasão do trabalho remoto nas nossas casas e na nossa vida privada. O quanto esta pandemia, obviamente, afeta de forma gigantesca a maioria das mulheres e dentro desta maioria, são mulheres negras. Precisamos também tratar de todo esse processo”, apontou Marlei. 

 

A deputada Luciana Rafagnin traçou um histórico das lutas das mulheres em busca da igualdade em diversos setores. “Precisamos ter presente este dia que é marcado pela luta de inúmeras mulheres ao longo da história que perderam, inclusive, suas vidas. É um momento de lutas porque precisamos continuar no enfrentamento, desde a discriminação salarial, que é grande. Depois de sete anos de queda nesta diferença, no ano passado voltou a aumentar, chegando até a 40% entre mulheres e homens no mesmo espaço e mesma função. Existe também a discriminação na contratação, com resistência por conta de gravidez por exemplo, são inúmeras as desculpas e motivos”, ressaltou. 

 

Para Luciana, é preciso reforçar a importância da luta coletiva a partir das organizações que fazem o enfrentamento do sistema patriarcal. “Nossos sindicatos, associações e cooperativas é que fazem a defesa dos nossos direitos. Tudo que foi conquistado no decorrer da história, como na questão do voto, que celebramos no dia 24 de fevereiro 89 anos desta conquista, o direito de ir à escola que ocorreu em 1827. Por muitos anos a cultura patriarcal permaneceu e ainda permanece.  Precisamos vencer isso para que a mulher possa ter a liberdade do trabalho, de andar na rua e ser respeitada. É o que queremos. Nossa bandeira é pela igualdade e vamos continuar lutando por isso”, completou. 

 

Confira estes e mais temas no  Quarta Sindical desta semana na íntegra no vídeo abaixo. Não esqueça, toda quarta-feira, às 11h30, temos um compromisso: um novo programa com um tema de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras. Você confere ao vivo em nosso perfil no Facebook, da CUT Brasil, Brasil de Fato Paraná e perfis e páginas parcerias que retransmitem o programa.