Programa desta semana recebeu o “pai do pré-sal”, Guilherme Estrella e o ex-governador Roberto Requião
No centro do debate público, a Petrobrás, passa novamente a ser ameaçada de privatização. A empresa é responsável não apenas pela produção de petróleo no Brasil, mas também, pelo desenvolvimento nacional a partir de pesquisas, ciência, tecnologia e ser um indutor da economia. Também vítima do Golpe de 2016, a Petrobrás passa por um desgaste planejado junto à população a partir de decisões políticas.
Para debater este tema central para o desenvolvimento nacional o Quarta Sindical desta semana recebe o ex-diretor da empresa, Guilherme Estrella, considerado o “pai do pré-sal”. Ao lado do ex-governador Roberto Requião ambos debateram o futuro da Petrobrás e sua importância para o Brasil.
O geólogo lembrou que o sucesso para o pré-sal é fruto de, principalmente, dois fatores diferentes e um grande investimento financeiro. “Com esse espírito de desenvolvimento tecnológico investimos mais de US $200 milhões para conquistar essa nova tecnologia. A descoberta do pré-sal foi decorrente de uma decisão política do maior acionista, a partir do Governo Lula, com uma capacidade tecnológica e científica para enfrentar o desafio. Estas duas situações permitiram esta descoberta, a maior descoberta dos últimos 50 anos”, lembrou.
Ainda de acordo com ele, o pré-sal também representava a possibilidade, dentro das regras estabelecidas anteriormente, em um marco para a retomada do crescimento e desenvolvimento nacional. “O crescimento brasileiro tinha sido estancado nos governos anteriores. Quando retomamos, governo Lula, o caminho do crescimento já perdemos a autossuficiência logo em seguida. Mas veio com o pré-sal para as próximas décadas, já que completava a base energética indispensável para um projeto de Brasil com desenvolvimento científico tecnológico e industrial genuinamente brasileiro. Por isso criamos, associado ao Pré-Sal, um novo marco regulatório, uma base para um salto de desenvolvimento com recursos, energia brasileira e para construção de um Brasil justo, soberano e democrático”, completou.
Questionado sobre os reflexos práticos de uma eventual privatização da Petrobrás, o ex-governador e ex-senador, Roberto Requião, foi enfático. “Governo joga com a privatização e com interesses que não são brasileiros. Se alguém quer saber o que vai acontecer com uma Petrobrás definitivamente privatizada ela vai ser pior do que vai ser agora. Durante os governos de Dilma e Lula, com o barril Brent custando US$140, pagávamos R$ 2.39 o litro da gasolina. Hoje, com o petróleo mais barato, a gasolina aditivada chega a R$ 10 o litro. Dizer que a privatização vai melhorar é uma chantagem, uma mentira absoluta, uma deslealdade com o povo brasileiro. Temos que fazer o que Getúlio fez em 34. Ele criou a Petrobrás em 54, mas antes, criou o movimento o Petróleo é o nosso para o povo saber do que tratava-se”, garantiu.
Confira o programa na íntegra no vídeo abaixo e não se esqueça de anotar na sua agenda: Todas as quarta-feiras, às 11h30, o Quarta Sindical é transmitido ao vivo em FB.com/CUTdoParana e FB.com/BdFPR e nas páginas parceiras que retransmitem o Quarta Sindical.