Escrito por: CUT-PR

Quarta Sindical: Volta às aulas pode agravar situação da pandemia?

Especialistas alertam para o risco de disseminação da doença e da necessidade da vacinação em crianças

Rovena Rosa/Agência Brasil

Nesta terça feira (1) o Brasil voltou a aproximar-se de 1.000 mortes diárias por Covid-19, o maior número desde 18 de setembro de 2021. A chegada da variante ômicron fez disparar o número de casos em todo o mundo, que registrou 14,3 mil mortes, o maior desde 7 de maio do ano passado. Este cenário é seguro para a volta às aulas? Para tratar deste tema  

 

Para a professora e presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Olegário Mazetto, é preciso reajustar o protocolo no Paraná, que segue o mesmo desde o início da pandemia. Além disso, a preocupação central está com trabalhadores e trabalhadoras da educação, assim como estudantes, dos grupos de risco e também no público infantil que ainda não foi vacinado.

 

“Se a segurança é a vacinação, teremos um grupo não vacinado. Preocupamos-nos com os profissionais, sobretudo do grupo de risco. Conseguimos uma grande conquista junto à Secretaria de Educação para que as gestantes, sejam elas de contrato temporário ou aulas extras, possam lecionar de forma remota, contrariando a ideia inicial do Governo do Estado. Também queremos essa aplicação para demais profissionais da educação, assim como a garantia aos estudantes que também estão no grupo de risco que também precisam ter resguardado o direito de aulas remotas”, relatou.  “Vamos discutir os protocolos que não foram atualizados desde o início da pandemia, mas mesmo assim, não foram cumpridos em sua totalidade no ano passado”, completou.  

Programa desta quarta-feira (2) debateu volta às aulas. Clique para ampliar. 

“Temos escolas sem distanciamento, cadeiras todas grudadinhas. O Carnaval está adiado para abril, mas as escolas abrem hoje no Rio de Janeiro com os profissionais e a partir de segunda-feira com os estudantes. Não discordamos do papel social da escola, mas sabemos também do risco que a pandemia representa e que essa variante amplia ainda mais, sobretudo para as crianças que estão começando a ser vacinadas. Embora a vacina não garanta a imunidade total, diminui os casos graves. Não é possível que dois anos depois ainda falemos dos mesmos problemas estruturais das escolas”, destaca a dirigente do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro e vice-presidenta da CUT-RJ, Duda Quiroga. Mesmo assim, segundo ela, há trabalhadores e trabalhadores cariocas, assim como paranaenses,  que desejam o retorno às aulas mesmo com risco de contaminação, por conta da rotina extenuante dos modelos remotos e híbridos.

 

 No programa de hoje você ainda confere estudo que mostra a ampliação da ocupação de UTI´s pediátricas no Brasil, o trabalho da CUTParaná para fortalecer o Grupo de Trabalho de combate à Covid-19, criado apartir da pressão da própria central no âmbito estadual, além de todas as informações relacionadas ao retorno das aulas presenciais e também as prioridades do setor em um ano eleitoral. Confira oprograma na íntegra no vídeo abaixo e não se esqueça de anotar na sua agenda:Todas as quarta-feiras, às 11h30, o Quarta Sindical é transmitido ao vivo em FB.com/CUTdoParana e FB.com/BdFPR e nas páginas parceiras que retransmitem o Quarta Sindical.