A mobilização relembrou também, os 32 anos do ataque de Álvaro Dias aos(às) servidores(as) da educação
A APP-Sindicato, junto com o Fórum Estadual dos Servidores(as) públicos do Paraná (FES), realizou diversas mobilizações pelo estado em resposta a proposta de Ratinho Jr, que suspende, até dezembro 2021, o pagamento de reajuste salarial e a concessão de promoções e progressões do funcionalismo. Na Capital, o ato ocorreu em frente ao Palácio do Iguaçu, com um número reduzido de participantes e com equipamentos de segurança, para evitar o contágio pelo COVID-19 (Coronavírus).
Em Curitiba, o Sindicato, junto com o FES fizeram uma ação protocolar, rememorando os 32 anos do dia 30 de agosto de 88 e todas as agressões do Estado. O FES também denunciou os ataques que os Policiais Penais estão sofrendo por conta do crime organizado. O presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão, enfatiza que infelizmente a mobilização não pode ser feita com toda a categoria, mas que é importante que todos(as) lutem, mesmo em casa.
“Mesmo entendendo dos riscos, nós entendemos que este é o momento de ataque frontal aos direitos dos servidores(as), como o congelamento salarial, a extinção da carreira dos Funcionários(as) de Escola. Isso faz com que precisemos ir às ruas para afirmar nossa defesa intransigente pela vida das pessoas e dos(as) servidores(as) públicos(as)”, completa Hermes Leão.
Em outras cidades do Paraná, os atos foram realizados em frente aos Núcleos Regionais de Educação (NREs), onde servidores(as) da educação também relembraram e prestaram homenagens aqueles que sofreram no ataque de Álvaro Dias aos(às) Professores(as) e Funcionários(as) de Escola no dia 30 de agosto de 1988.
Na cidade de Francisco Beltrão, após a reunião do Conselho Regional, trabalhadores(as) da região realizaram dois atos simbólicos. Os(as) participantes, que estiveram em um pequeno número em frente ao NRE da cidade, colocaram uma faixa denunciando o ataque. No Núcleo de Dois Vizinhos, também foi colocado faixas. Já em Cascavel, o ato também foi restrito devido ao isolamento, onde foram colocadas faixas no NRE da cidade. Na ocasião, a imprensa esteve presente e conversou com os(as) servidores(as) que denunciaram as medidas do governador.
Proposta de Congelamento
A proposição do governo foi apresentada através de uma emenda ao Projeto de Lei n. 248/2020, que dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para 2021. O texto tramita na Assembleia Legislativa do Paraná. Ainda não há data para votação, mas caso a medida seja aprovada, também ficará suspensa a segunda parcela da reposição salarial da data-base de 2019, programada para ser paga em janeiro de 2021.
Salários defasados
Devido a falta de reposição das perdas da inflação dos últimos anos, o salário dos(as) servidores(as) públicos(as) do Paraná está defasado em mais de 18%. Em 2019, para encerrar a greve do funcionalismo, Ratinho prometeu pagar apenas 5%, referente ao período entre maio de 2018 e abril 2019. O índice ainda foi parcelado em três vezes, sendo acordado o pagamento de 2% em janeiro deste ano e mais duas parcelas de 1,5%, nos meses de janeiro de 2021 e 2022.