Escrito por: CUT-PR

Trabalhadores dos Correios cruzam os braços por tempo indeterminado

Segundo Sintcom-PR, o sindicato da categoria, adesão na capital é grande e deve crescer no interior do Estado

Desde às 22h desta terça-feira (16) as trabalhadoras e trabalhadores dos Correios do Paraná decidiram cruzar os braços. Eles somam aos companheiros de outros estados da federação que também aprovaram a greve e paralisam suas atividades até que consigam avançar nas negociações com a empresa.

“Temos uma grande concentração de trabalhadores e trabalhadoras parados aqui em Curitiba. No interior também há percentual significativo. A tendência, como aconteceu em anos anteriores, é que a greve vá sendo construída dia após dia e com isso vai conquistando a adesão de cada vez mais companheiras e companheiros”, explica a secretária-geral do Sintcom-PR, Elisabete Ortiz.

"Governo é governo e sindicato é sindicato. É preciso organizar a categoria e ir lutar pelos seus direitos. Se a extensão da diplomacia sindical não deu certo, a hora é de organizar e ir para a greve. Não dá para uma elite nos correios receber 14% de aumento e o restante da categoria não receber nada. Todo o apoio da CUT aos trabalhadores e trabalhadoras ECETistas", afirmou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, que participou da assembleia da categoria em Londrina.

A pauta da categoria é direta: contra a série de retrocessos apresentados pela empresa. Além da data-base vencida desde 1º de agosto, uma variedade de problemas está na além da intenção da empresa de deixar de ser a mantenedora do plano de saúde, já marcado por precarização, aumento de mensalidades, coparticipações elevadas e falta de atendimento por inadimplência com credenciados.

“A nossa pauta ainda inclui a luta contra proposta de implantação da jornada 12x36, contra o fechamento de cerca de mil unidades próprias que devem resultar na  demissão de até 15 mil trabalhadores por meio de um PDV, aprofundando a precarização e a insegurança no emprego”, completa Elisabete. De acordo com ela, há a recusa em pagar o reajuste retroativo à data-base de 1º de agosto, enquanto a direção da empresa recebeu aumento de 14% neste ano.

Além de Curitiba, cidades como  Ponta Grossa, Colombo, Piraquara, Fazenda Rio Grande, Cascavel, Umuarama, Matinhos, Paranaguá, Almirante Tamandaré, Guarapuava, Campo Largo, Apucarana, Rolândia, Maringá, Arapongas, Foz do Iguaçu e São José dos Pinhais também estão com unidades paralisadas. A mobilização também foi aprovada em outros estados do país, entre eles Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso.