1º de maio internacional de solidariedade de classe entre Argentina, Brasil e Paraguai
Publicado: 27 Abril, 2022 - 00h00
A Central Única do Paraná, a CUT-PR, com vista à importância política que o ano de 2022 se constitui para a classe trabalhadora com um todo, por causa das eleições que acontecem em diversos países da América Latina, inclusive no Brasil, tomou a inciativa do diálogo em construir no Paraná, na cidade de Foz do Iguaçu, tríplice fronteira do Brasil, com a Argentina e o Paraguai o dia 1º de maio - Dia Internacional das Trabalhadoras e Trabalhadores com foco na solidariedade e no internacionalismo de classe.
O momento político da América Latina nos faz compreender que é fundamental o exercício da solidariedade de classe entre os povos, por isso geograficamente este ato que envolve as centrais sindicais abaixo se torna uma poderosa parceria sindical entre Argentina, Brasil e Paraguai. Com o reconhecimento e o apoio da Confederação Sindical das Américas - a CSA, da Secretaria de Relações Internacionais da SRI-CUT/Brasil, Global Union – UNI/Américas e mais as Centrais Sindicais da Argentina - Confederação General del Trabajo - CGT, Central de Trabajadores da Argentina - CTA-A, Confederação Nacional de Trabajadores - CTA; e as Centrais Sindicais do Paraguai: Central Unitária de Trabajadores - CUT, Confederação Nacional de Trabajadores - CNT, Central Unitária dos Trabalhadores Autêntica - CUT-A, Central Sindical de Trabajadores - CESITP; e no Brasil Centrais de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil - CTB/PR, a Central Única dos Trabalhadores do Paraná - CUT/PR, a Nova Central Sindical dos Trabalhadores - NSCT, e a União Geral dos Trabalhadores dos Trabalhadores - UGT/PR, além do apoio na organização da Força Sindical do Paraná - FORÇA/PR, também contando com o apoio político e estrutural da Prefeitura de Foz do Iguaçu, que conta com o apoio na pessoa do prefeito Francisco Brasileiro, popularmente conhecido como Chico Brasileiro e também da Federação Nacional das Associações da Caixa Econômica Federal – FENAE, para desenvolver duas importantes atividades.
A Primeira atividade será um Seminário Internacional sobre a situação da classe trabalhadora na América Latina que acontece no dia 30 de abril. Um seminário para nos dar a clareza e a dimensão dos problemas enfrentados pela classe trabalhadora no continente latino americano. É evidente a ofensiva do capital também nestes países, como no Brasil, onde todos os ramos de atividade da classe trabalhadora representados pela CUT são ramos que estão sofrendo alguma ameaça de desmonte, de privatizações, sucateamentos e retirada de direitos por parte do patronato, mas podemos dizer que há exceções em países como na Argentina de Alberto Fernandes e Tereza Kirchner e alguns outros países na América Latina e no Caribe.
O Seminário, que contará com representantes de dos três países e da Confederação Sindical das Américas, dará suporte à atividade do Dia 1º de Maio - Dia Internacional das Trabalhadoras e Trabalhadores, que reunirá trabalhadoras e trabalhadores dos três países, de centrais sindicais, movimentos populares, movimento estudantil e movimentos sociais, como o Movimento de Atingidos por Barragens - MAB e o Movimento dos trabalhadores Sem Terra - o MST.
Não é a primeira vez que a CUT Paraná realiza o 1º de maio na Tríplice Fronteira. Porém, isso aconteceu em outros tempos aqui no Brasil. Nos tempos dos governos democráticos e populares de Luís Inácio Lula da Silva, em que existia uma outra compreensão sobre a consciência e a luta de classes e a necessidade da solidariedade internacional entres os povos para que houvessem uma maior integração entre as trabalhadoras e trabalhadores dos países do Cone Sul, o dia 1º de Maio – Dia Internacional das Trabalhadoras e Trabalhadores, aconteceu em duas ocasiões na Cidade de Foz do Iguaçu no Paraná, Brasil.
No entanto, hoje o momento é totalmente diferente, pois enfrentamos a ofensiva do capital e do neoliberalismo, com ações de extrema direita raivosa que descambam para o fascismo e o ódio de classe. Procuram a todo custo atacar sindicalistas e os sindicatos e buscam desmontar a estrutura sindical. Por isso destacamos que o momento é fundamental para o exercício da solidariedade de classe, pois em diversos países teremos processos eleitorais com a possibilidade real e concreta da volta dos governos democrático e populares. Essa onda que se confirmou recentemente na Bolívia, no Chile, Honduras e Peru. E isso começou a acontecer mesmo antes da pandemia, no período em que a situação da classe trabalhadora piorou, com países voltando ao mapa da fome de onde haviam saído. Essa tendência de uma guinada à esquerda se confirma na região nas últimas eleições na Argentina com Lopez Obrador. Com calendário de eleições para esse ano Brasil e Colômbia podem consolidar essa onda à esquerda como já se pode observar em diversos países da América Latina: como as eleições parlamentares e as eleições gerais que acontecem em maio Colômbia.
Destarte, o Dia Internacional do Trabalho se configura como um marco simbólico de solidariedade e de internacionalismo classista, com o alerta de que as trabalhadoras e trabalhadores precisam saber de que lado estão, precisam saber quem governa pensando em empodeirá-los e fazê-los participar da política para melhorar a vida de todas e todos. Por isso reafirmamos a importância da celebração do 1º de maio em uma região que possa destacar essa solidariedade internacionalista e classista!
Assim, em nome da CUT/Paraná e de todas as entidades que conosco organizam essas atividades alusivas ao Dia Internacional das Trabalhadoras e Trabalhadores é que estendemos o convite para que vocês procurem seus sindicatos, federações e confederações e se façam presentes neste dia de festa, de rigojizo político e organizativo da classe trabalhadora em Foz do Iguaçu.
O Seminário Internacional sobre a Situação da Classe Trabalhadora na América Latina, acontece no dia 30 de abril, às 14h, na Fundação Cultural de Foz do Iguaçu e o Ato do Dia 1º de Maio – Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores – acontece na Praça da Paz, em Foz do Iguaçu, às 10h da manhã.
Viva as trabalhadoras e trabalhadoras da Argentina, Brasil, Paraguai e todas e todos as trabalhadoras e trabalhadores do mundo!