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Agricultura familiar do Paraná ocupa as ruas de três cidades para pedir socorro

Estiagem complica a situação de trabalhadores e trabalhadoras rurais na região sudoeste do Paraná

Publicado: 17 Fevereiro, 2022 - 11h06 | Última modificação: 17 Fevereiro, 2022 - 11h30

Escrito por: CUT-PR

Fetraf-PR
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Agricultores e agricultoras familiares do Paraná foram às ruas em três municipíos da região sudoeste do estado, nesta quarta-feira (16), para pedir socorro aos governos estadual e federal que, até agora, não atenderam as reivindicações da categoria que pede medidas para amenizar as consequências de uma das piores secas da Região, que já dura três anos. 

Os atos em Francisco Beltrão, Coronel Vivida e Barracão, na fronteira com a Argentina, foram organizados pela Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Contraf-Brasil), que realizou atos também em diversas outras cidades do País.

“Estamos pedindo socorro. A situação já não é mais grave, é gravíssima e, piorando, afetará não apenas esses trabalhadores e trabalhadoras, mas também a própria sociedade, uma vez que a agricultura familiar é responsável por 70% da produção dos alimentos consumidos no dia-a-dia do Brasil”, aponta o dirigente da Fetraf-PR e secretário de finanças da CUT Paraná, Neveraldo Oliboni.

Segundo ele, os apelos feitos aos governos estadual e federal não surtiram efeito e a categoria segue esperando respostas. Mas caso elas não venham, uma nova onda de protestos e manifestações deve acontecer a partir da próxima semana. “Estamos há três anos enfrentando uma severa estiagem e até agora não conseguimos nenhuma medida de apoio dos governos estaduais e federal. Não saíremos das ruas até sermos ouvidos pelas autoridades competentes”, completou.

Entre as medidas que podem ser adotas para minimizar os efeitos da estiagem estão: a adoção, por parte do Governo do Estado, de uma política de conservação e pagamento por serviços ambientais, um programa de auxílio emergencial, auxílio para agricultores familiares que não acessaram recursos públicos por meio do crédito rural e assistência técnica e extensão rural.

Já do Governo Federal a categoria pede também por um auxílio emergencial, um credito produtivo, repactuação das dívidas dos agricultores familiares, a continuidade do seguro renda e outras demandas apresentadas em Brasília.

“A agricultura familiar se destaca não apenas pela produção de alimentos que coloca comida na mesa dos brasileiros, mas também por ser uma categoria formada por um povo sério e trabalhador. Não é possível que não conseguimos respostas dos governos estadual e federal para uma situação tão urgente”, finalizou Oliboni.