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Anapetro recebe denúncia de abuso de poder econômico pela Petrobrás

Empresa atrasa o pagamento de R$ 1 bilhão em royalties para São Mateus do Sul, Paraná e União

Publicado: 15 Abril, 2021 - 11h44 | Última modificação: 15 Abril, 2021 - 12h14

Escrito por: CUT-PR com informações do BEM PR

SindiPetro PR/SC
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A Petrobras não está pagando os devidos royalties para a cidade de São Mateus do Sul, para o Paraná e União. Além disso, pressiona o município a perdoar ou renegociar a dívida sob pena de fechamento da unidade. A denúncia foi recebida e repercutida pela Anapetro, que reúne os acionistas minoritários da empresa. Os cálculos iniciais apontam que a dívida já chega a R$ 1 bilhão. O valor diz respeito à extração do xisto pela Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no município paranaense. 

O presidente da Anapetro, diretor do SindiPetro PR/SC e vice-presidente da CUT Paraná, Mário Dal Zot, explica que o argumento utilizado pela empresa é que desejam vender a SIX e a dívida estaria inviabilizando qualquer negociação. A ameaça é simplesmente fechar a unidade responsável pela extração do Xisto, o que configuraria abuso de poder econômico por parte da empresa. 

“Isso não pode acontecer de forma alguma. Esse é um dinheiro devido ao contribuinte. A Petrobrás tem condições totais de pagar a dívida e fechar essa unidade seria trágico para o município. Vamos lembrar que no ano passado fecharam a Fafen, que além dos prejuízos para a cidade (Araucária) e para os trabalhadores, trouxe também prejuízos para toda a sociedade. Hoje seria uma importante ferramenta no combate à pandemia, com a produção de oxigênio”, explica Dal Zot. 

Segundo ele, a SIX hoje é responsável por 45% do ICMS e 50% do ISS recolhido no município de 46 mil habitantes. “A lógica de vender a qualquer custo, sem qualquer planejamento, apenas para privilegiar a iniciativa privada leva a situação que vivemos hoje em todo o Brasil. A Economia parada, com os ricos ficando mais ricos, os mais pobres vulneráveis e o estado, que poderia ser o fio indutor de um desenvolvimento, escanteado e utilizado apenas para manobras visando o lucro”, finaliza Dal Zot.