Ausência de solução para morte da menina Rachel Genofre resulta em mobilização
“Quem matou Raquel? Quem matou Tayná? O Movimento Feminista quer justiça já". Movimentos Feministas do Paraná cobram mais políticas públicas para combater os casos de violência contra a mulher
Publicado: 06 Novembro, 2015 - 09h36
Escrito por: CUT Paraná

Centenas de mulheres ligadas aos movimentos feministas do Paraná, movimentos sociais e sociedade civil organizaram um ato nesta quinta-feira (5) um ato de luta em virtude da violência contra a Mulher. O caso da menina Rachel Genofre, que segue sem solução há sete anos, foi o mote para a manifestação.
O ato começou na Praça Rui Barbosa, onde ela deveria ter pego o ônibus que a levaria de volta para Casa e seguiu com uma caminhada até a rodoferroviária de Curitiba, onde o corpo foi encontrado esquartejado dentro de uma mala. O caso aconteceu em 2008 e até hoje segue sem solução.
“Esta situação apenas aumenta o clima de impunidade que há, sobretudo quando falamos de crimes cometidos contra as mulheres. Mas esse cenário não é à toa. O machismo intrínseco na sociedade leva à falta de estrutura por parte das autoridades públicas para a investigação deste tipo de violência. É um absurdo”, afirmou a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz.
Entre as denuncias estão a falta de uma secretaria especializada para políticas públicas em defesa das mulheres, a ausência de delegacias da mulher em número suficiente para o atendimento e até o uso de recursos já disponíveis para este tipo de ação.
“O Governo do Estado recebeu do Governo Federal duas unidades móveis para o atendimento de mulheres vítimas de violência já faz mais de um ano. Onde estão estes equipamentos? Parados na garagem enquanto mulheres são agredidas, assassinadas e não tem a menor participação do Estado no seu processo de recuperação, assim como os crimes cometidos continuam impunes. Até quando?” questionou a secretária da mulher da CUT Paraná, Anacelie Azevedo.
O ato ainda contou com momentos emocionantes, principalmente pela presença de familiares de vítimas da violência contra a mulher, como a própria mãe de Rachel, Maria Cristina Lobo Oliveira. A mãe da menina Tayná Adriane Silva, Cleusa Cadoná da Silva, também participou do ato. A sua filha despareceu próximo a sua casa e dois dias depois o corpo foi encontrado em um matagal, na cidade de Colombo, na região Metropolitana de Curitiba. Dois anos depois, o caso também continua sem solução.
Durante o ato jovens recitaram poesias e entregaram flores para os familiares das vítimas.
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