Bancários definem resoluções de luta pela democracia

Terminou neste domingo (6), em São Paulo, a 25ª Conferência Nacional d@s Bancári@s. O evento reuniu representantes da categoria de todo o Brasil e focou na organização dos trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro. Organização dos comitês de luta, brigadas digitais, ampliação da mobilização na luta por uma reforma tributária com distribuição de renda, regulamentação das plataformas digitais, melhores condições de trabalho e saúde, defesa dos bancos públicos e a consolidação da democracia foram os destaques nos debates.

O presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, que é bancário participou dos debates durante o final de semana. “Debatemos todos esses temas imprescindíveis para os trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro. Precisamos, a partir da nossa organização, exigir a baixa dos juros, exigir políticas públicas de distribuição de renda e também melhores condições de trabalho para toda a categoria”, apontou.

Além de Kieller, representaram a CUT Paraná no evento os dirigentes Elias Jordão, Júnior César Dias, Eunice Miyamoto, além do presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Antônio Fermino e diversos outros dirigentes do ramo financeiro do Estado. 

Balanço -  “Tivemos excelentes debates nestes três dias de conferência e tiramos resoluções sobre os principais temas de ação dos trabalhadores do ramo financeiro. Elas vão orientar o posicionamento do Comando Nacional e das entidades sindicais do nosso campo na luta pela manutenção de nossos direitos e novas conquistas”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Mas, além da Conferência Nacional, Juvandia ressaltou o processo de debate realizado. “É um dos processos mais democráticos e bem organizados do Brasil, que acontece desde as bases, passa pelas conferências locais e regionais, até chegar ao âmbito nacional”, disse. “É um debate muito rico, mas também fazemos uma consulta à base, para que a categoria bancária possa opinar sobre os temas mais importantes para nossa luta. E esse processo é valorizado pelo Comando, como parte de formação e mobilização”, completou.

Resoluções - Foram aprovadas seis resoluções para orientar a luta pela reforma tributária com tributação progressiva, que promova a distribuição de renda, onere os mais ricos e promova isenção maior para os mais pobres, tributação sobre os latifúndios e grandes fortunas e isenção da PLR, entre outros pontos. Também foi aprovada resolução sobre a organização do ramo financeiro, com a continuidade de identificação de todos os trabalhadores nas regiões do país e suas entidades representativas e mobilização, para que a reforma sindical seja um instrumento formal para o reconhecimento da representação por ramo de atividade econômica.

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