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Bancários ocupam as ruas de Curitiba no lançamento da Campanha Nacional 2024

Categoria está mobilizada em todo o Brasil

Publicado: 24 Junho, 2024 - 09h19 | Última modificação: 24 Junho, 2024 - 10h32

Escrito por: SEEB Curitiba / CUT-PR

SEEB Curitiba
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A Campanha Nacional dos Bancários e das Bancárias 2024 está nas ruas e nas redes para informar a população sobre o início das negociações da categoria com os bancos. Um ato foi realizado na manhã desta sexta-feira, 21 de junho, percorrendo desde a Praça Tiradentes, passando pelas esquinas das ruas Monsenhor Celso com a XV de Novembro, pela Praça Carlos Gomes, chegando ao Palácio Avenida, para atingir grandes centros administrativos e agências bancárias centrais dos maiores bancos que atuam no país.

A secretária Geral do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região, Cristiane Zacarias, saudou os dirigentes sindicais de outras regiões do Paraná que vieram para o lançamento da campanha. “Essa Campanha precisa começar com muita força, a gente precisa dialogar não só com os bancários, com os trabalhadores do ramo financeiro, mas com a sociedade como um todo. Precisamos refletir sobre a importância dos bancos públicos na vida das pessoas e o papel do sistema financeiro no nosso país”, convida a dirigente, durante sua fala em frente ao Banco do Brasil da Praça Tiradentes. 

“Hoje estamos fazendo o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2024 aqui em Curitiba, onde reunimos os dez sindicatos do Paraná, com a representatividade da nossa Federação, para esclarecer não só para os funcionários mas também para toda a população que essa campanha é voltada para exigir que os bancos pensem um pouco mais na população e nos seus funcionários. Queremos dos banqueiros mais funcionários; queremos redução de juros, para que a população possa investir no seu negócio, na sua casa própria, que tenha os benefícios que os bancos deveriam devolver para a população. Banco é uma concessão pública e para explorar seu negócio ele tem que devolver para a população bens e serviços que a atendam. E isso não acontecem no nosso dia a dia. São juros e tarifas altas, precarização do atendimento, fechamento de agências, direcionamento ao autoatendimento e lotéricas. Essas empresas lucram bilhões e essa realidade não é aceitável”, disse Denner Halama, diretor da Secretaria de Mobilização do Sindicato, durante o ato em frente à Sede da Caixa Econômica na Praça Carlos Gomes.

O presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, destacou o fato da campanha da categoria acontecer no plano nacional. “O início da campanha salarial é o coroamento de todo o processo preparatório que envolveu consultas à categoria, conferências regionais, estaduais e fecha com a conferência nacional que elabora a minuta de reivindicações. Não é uma campanha salarial, é uma campanha nacional que aborda outras questões que não apenas as socioeconômicas.”, apontou.

O que os bancários e as bancárias querem?

Sob o slogan “Futuro se Faz Juntos!”, a mobilização dos trabalhadores do Ramo Financeiro é nacional e busca, para a população, melhoria no atendimento nas agências bancárias, a partir da garantia e aumento dos empregos nas instituições financeiras, buscando, assim, o fim das filas para a população; acesso a crédito, com redução das taxas de juros cobradas dos clientes bancários; que a reforma tributária aumente a cobrança de impostos dos super ricos e diminua, na mesma proporção, a cobrança de impostos da população mais pobre; que a tabela de Imposto de Renda retido na fonte seja corrigida em todas as faixas; e que a alta lucratividade do sistema financeiro seja revertida em ações sociais e melhoria de condições para a população.

 

Isso significa que, além das questões remuneratórias e de condições de trabalho que os trabalhadores do ramo financeiro vão negociar com as instituições financeiras, uma série de questões sociais e que atingem toda a população serão debatidas. “Precisamos cobrar dos banqueiros uma postura de responsabilidade, com mais empregos, e não só de exploração. Nós elegemos o governo Lula comprometido com o social, comprometido com a pauta dos trabalhadores. Uma campanha que se pretende ser somente salarial não dá conta de resolver todos os problemas que os bancários enfrentam no dia a dia. Nós vamos avançar porque temos um governo que está do nosso lado e juntos podemos enfrentar esse parlamento que quer destruir os trabalhadores e tudo o que é social no nosso país. O bolsonarismo ainda vive e é nossa missão combater. Sabemos que a nossa categoria é muito dividida no contexto político-partidário, mas é o momento de unidade, é o momento de olhar os direitos conquistados historicamente e deixar as divergências que impedem o avanço das pautas de lado e junto com a sociedade construir uma campanha que traga mais direitos para trabalhadores e trabalhadoras”, avaliou Cristiane Zacarias. “É muito importante que bancários e bancárias valorizem as conquistas que tivemos ao longo dos anos e essas conquistas são resultado da organização nacional, da valorização dos sindicatos e da unidade”, concluiu. 

 

Condições de trabalho

Os bancários e bancárias lutam por reposição da inflação mais aumento real de 5% em todas as verbas salariais, PLR mais justa e ampliação de direitos; fim do assédio nos locais de trabalho e da cobrança de metas que adoecem; defesa do emprego e da redução de jornada, frente aos impactos dos avanços tecnológicos nas instituições financeiras. A minuta de reivindicações foi aprovada em assembleia e entregue à Fenaban, representante dos bancos nas negociações, no dia 18 de junho. As negociações já tem data para começar, na próxima quarta-feira, 26 de junho, e um calendário definido para os meses de julho e agosto.

 

Confira os eixos da pauta de reivindicações:

# Aumento real de 5% (inflação + 5%), PLR maior e ampliação de direitos;
# Fim do assédio e dos instrumentos adoecedores na cobrança de metas;
# Representação de todos os trabalhadores do Ramo Financeiro;
# Defesa dos empregos frente aos impactos dos avanços tecnológicos no trabalho bancário;
# Redução da taxa de juros para induzir o crescimento econômico e geração de emprego e renda;
# Reforma tributária para tributar os super ricos e ampliar a isenção do IR na PLR;
# Fortalecimento das entidades sindicais e da negociação coletiva;
# Ampliação da sindicalização;
# Fortalecimento do debate sobre a importância das eleições de 2024 para a classe trabalhadora na defesa de seus direitos e da democracia e sobre eleger candidatos e candidatas que tenham compromisso com as pautas dos trabalhadores.