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Bolsonaro, Salles e Ratinho Júnior estão juntos na destruição do meio ambiente

O secretário de meio ambiente da CUT Brasil e o deputado estadual Goura debateram o tema

Publicado: 02 Junho, 2021 - 12h27 | Última modificação: 02 Junho, 2021 - 13h19

Escrito por: CUT-PR

Mayke Toscano/Secom-MT/Fotos Públicas
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Pantanal em chamas

A destruição do meio ambiente, as políticas criminosas de Jair Bolsonaro, do seu ministro Ricardo Salles, do governador do Paraná Ratinho Júnior e os reflexos sociais e econômicos. Estes foram os principais temas do Quarta Sindical na semana do Meio Ambiente. Para tratar deste tema, imprescindível para o desenvolvimento social e econômico, além da própria sobrevivência da espécie humana, foram convidados o deputado estadual Goura (PDT) e o secretário de meio ambiente da CUT Brasil, Daniel Gaio. 

 

A própria pandemia de Covid-19 é um reflexo dos ataques incessáveis ao meio ambiente. “Não há percepção da causa efetiva de uma pandemia desta. Não é um vírus gerado espontaneamente. Se você reduz a biodiversidade, pode gerar vírus. Provavelmente surgiu na região de Wuhan que teve grande devastação e perda de biodiversidade por conta da construção de uma grande usina hidroelétrica e do agronegócio, sobretudo na criação de suínos”, destacou Daniel Gaio. 

 

De acordo com ele, estamos reféns da possibilidade do surgimento de outras pandemias. “Esse é um fato que precisamos enfrentar. Estamos combatendo a pandemia, apesar do governo brasileiro atuar contra isso, buscamos saídas da pandemia pela ciência, mas não buscamos saídas para o modelo que gerou essa e vai gerar outras”, alertou. “O capitalismo explora a natureza, inclusive a chamando de recursos naturais, enquanto entendemos que são bens comuns. Ao tratá-la assim, mercantilizando a natureza, traz consequências, como a pandemia e outras que apontam no futuro de forma inexorável”, completou. 

Edição desta semana tratou do Meio AmbienteEdição desta semana tratou do Meio Ambiente

Os convidados do Quarta Sindical também foram unânimes em apontar a responsabilização de Jair Bolsonaro e seu ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, na destruição do meio ambiente do Brasil. Segundo ambos, esta é uma política de governo e pensada de forma estratégica. Ao mesmo tempo, no Paraná, há um aliado de primeira hora da dupla: o governador Ratinho Júnior. 

 

“Aqui no Paraná temos um laboratório de teses bolsonaristas, com um aliado de primeira mão de Bolsonaro no Palácio Iguaçu”, destacou o deputado estadual Goura. Além de citar o apoio à políticas como a militarização das escolas, esse cenário também se estende para o meio ambiente. A mais recente iniciativa é a reabertura da chamada estrada do colono. “Existem dois projetos. Um deles na Câmara Federal, que o deputado aqui do Paraná, Vermelho, pediu regime de urgência. O outro está no Senado Federal, que teve como relator o senador Fabiano Contarato”, relata Goura. 

 

O deputado lembrou que convidou o senador para conhecer o espaço. “Visitamos o parque, com servidores do ICMBIO e constatamos a realidade: não existe mais estrada, a floresta passou por cima. Você sobrevoa Capanema e vê que é uma mata contínua. É uma área de preservação fantástica, um patrimônio reconhecido pela Unesco. A reabertura não se sustenta. É uma atrocidade. A sociedade não enxerga o tamanho do precipício que temos pela frente. Precisamos do apoio e da mobilização de todos nesta pauta”, completou. 

 

Durante o programa, também foi apresentada uma cartilha lançada pela CUT Brasil na última sexta-feira sobre a transição justa. “Precisamos nos apropriar deste tema do ambientalismo a partir do ponto de vista dos trabalhadores. A CUT nasceu pensando nisso, o Chico Mendes, quando vem compor a direção nacional da CUT, em 1985, cria o que era chamado na época de departamento de meio ambiente que depois é transformado em secretaria”, lembrou o secretário de meio ambiente da CUT Brasil, Daniel Gaio. 

 

A cartilha que será distribuída para as estaduais da CUT e seus sindicatos busca preparar dirigentes e militantes para tratar da transição justa do atual modelo de desenvolvimento para um modelo sustentável, garantindo também plenos direitos à classe trabalhadora. 

 

“A cartilha Transição justa: uma proposta sindical para abordar a crise climática e social” surge em um momento no qual a classe trabalhadora se encontra diante do desafio de conter o avanço desenfreado da destruição do meio ambiente e da crise climática, ao mesmo tempo em que defende a democracia e os seus direitos contra os ataques do capital e da extrema direita.

 

Veja mais detalhes e informações sobre os temas tratados durante o programa no vídeo abaixo. Não esqueça, toda quarta-feira, às 11h30, temos um compromisso: um novo programa com um tema de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras. Você confere ao vivo em nosso perfil no Facebook, da CUT Brasil, Brasil de Fato Paraná e perfis e páginas parcerias que retransmitem o programa.