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Centrais do Conesul discutem ações em conjunto e acordo do Mercosul com a UE

Primeiro encontro da coordenação após pandemia também debateu possibilidade de 1º de maio na Tríplice Fronteira

Publicado: 13 Dezembro, 2024 - 12h42 | Última modificação: 16 Dezembro, 2024 - 11h31

Escrito por: CUT-PR

Reprodução
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As principais centrais sindicais dos países que compõem o Consesul participaram da reunião da coordenação que engloba as principais entidades da região. Este primeiro encontro presencial após a pandemia de Covid-19 foi realizado em Montevidéu, no Uruguai, na terça (10) e quarta-feira (11).

“Debatemos ao longo destes dois dias a possibilidade de realizar um evento reunindo trabalhadoras e trabalhadoras de toda a região, eventualmente em uma grande atividade do 1º de Maio na tríplice fronteira. Mas falamos da necessidade de defesa da democracia em toda a região, além de outros pontos fundamentais como o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia”, elenca o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.

O secretário adjunto de relações internacionais da CUT Brasil e Secretaria Geral da Coordenadora Quintino Severo, reforçou a importância dada durante a reunião para a luta pela integração regional. Quintino também ocupa a função de secretário-geral da coordenadoria. “Já indicamos um Grupo de Trabalho que pensará ações, do ponto de vista produtivo, principalmente na indústria com um olhar do trabalhador, garantido assim outro ponto que seguiremos lutando de forma conjunta, a defesa dos direitos e de empregos de qualidade”, pontuou Severo.

Este planejamento inclui também a luta por um salário mínimo regional com uma política social e previdenciária. “É preciso que as pessoas tenham segurança no futuro”, comentou. Quintino também destacou a importância da realização do 1º de maio na tríplice fronteira, além de adiantar uma discussão que deverá monopolizar a atenção de diversos setores na América do Sul e Europa a partir de 2025.

“Este modelo de acordo com a União Europeia e o Mercosul está sendo questionado. Não há transparência, os trabalhadores não foram consultados e tampouco a sociedade. Nos parece, do pouco que sabemos até o momento, que não trará desenvolvimento para a região, beneficiando a penas o setor agroexportador. É importante exportar produtos, mas industrializados e esse acordo, do jeito que está apontado, não indica essa possibilidade”, completou.

Uma nova reunião da coordenação das centrais sindicais do Conesul está marcada para fevereiro do ano que vem. “Assim, com o acordo traduzido e com os principais problemas, que são muitos, já destacados vamos nos reunir e fazer esta análise mais crítica, detalhada e definir estratégias para que em março possamos nos reunir também com o movimento sindical europeu”, concluiu.

Além do presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller e do secretário adjunto de relações internacionais da CUT Brasil, Quintino Severo, o secretário-geral da CUT Nacional, Renato Zulato, também participou da reunião da coordenação.