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Conferência Estadual do Macrossetor da Indústria da CUT Paraná nesta sexta-feira

Seis ramos da Central estarão envolvidos: metalúrgicos, construção, vestuário, alimentação, químicos e energia

Publicado: 15 Agosto, 2023 - 09h34 | Última modificação: 13 Setembro, 2023 - 12h50

Escrito por: CUT-PR

Arquivo / AeN
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A CUT Paraná promoverá no próximo dia 15 de setembro uma grande conferência do macrossetor da indústria. O evento, que será realizado no auditório do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada no Estado do Paraná (Sintrapav-PR), em Curitiba, debaterá os desafios na reindustrialização do Brasil e propostas para o setor. Além disso, durante a conferência, será debatida a possibilidade a criação de uma confederação CUTista que reúna os seis ramos da central.

“Esses debates passam, necessariamente, pelo fortalecimento da organização sindical CUTista. Os patrões tem, por exemplo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que representa todos os segmentos de forma organizada. Enquanto nós, apenas com ramos divididos, perdemos a capacidade de formular propostas de forma coletiva. Precisamos organizar isso e discutir propostas para a reindustrialização em andamento no Brasil, como as transições do trabalho e energética, a Amazônia 4.0 e o meio-ambiente”, avalia o presidente do Sintrapav-PR, Raimundo Ribeiro Santos Filho, o Bahia.

“É como diz o lema da CUT, juntos somos mais fortes. É isso que estamos fazendo, unindo estes segmentos para discutirmos de forma conjunta e não separada”, completa Bahia. De acordo com ele, essa é uma discussão que ganha peso nacional, ocorrendo em diversos outros estados da Federação.

Para o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, o debate ocorre no momento certeiro. “A reindustrialização do Brasil é um dos objetivos do novo governo. Não podemos deixar de participar destes debates, formular propostas e lutar para que a classe trabalhadora não apenas não tenha prejuízos, mas também saia com saldo extremamente positivo ao longo destas mudanças”, destacou.

Um dos receios é que o excesso de automação que acontece em diversos segmentos da sociedade afete, entre outras coisas, a oferta de trabalho para brasileiros e brasileiras. Mais do que isso: garantir o emprego com qualidade. “Não pode aceitar que a reindustrializacao venha com o trabalhador sendo considerado algo descartável. Para isso precisamos estar articulados e ter políticas para propomos para o próprio governo. O setor econômica está muito bem articulado e não podemos ver o cavalo encilhado passar em nossa frente e não fazer nada”, enfatiza o presidente do Sintrapav.

Ainda de acordo com ele, enquanto outras frentes trabalham para a melhorar as condições de trabalho para os trabalhadores plataformizados, dos chamados aplicativos e esta frente também terá como objetivo evitar que outras mãos de obra sejam arrastadas para esse cenário sem direitos ou qualquer garantia social.

“É esse tipo de transição que desejamos? Precisamos falar das plataformas digitais sem que um lado seja beneficiado com o trabalhador sendo escravizado, sem segurança social, medicina e saúde do trabalho. É a nova escravidão. Queremos chamar a atenção da sociedade com isso. Este pode ser um poço sem fundo. Se não cuidarmos será só chicote no lombo do trabalhador”, destacou.

Outros temas correlacionados com a reindustrialização também estarão no centro dos debates, como o caso da Amazônia. “Agora há a discussão de explorar o petróleo em áreas amazônicas. Caso seja aprovado é preciso ter muita discussão. Isso voltará para a sociedade? Em quais condições?”, questiona Bahia.

As inscrições para a conferência podem ser realizadas até o dia 08 de setembro pelo WhatsApp (41) 3263-1362 ou pelo e-mail secgeral@sintrapav.com.br