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Sintcom-PR contabiliza 45 cidades em greve no Paraná
Publicado: 03 Abril, 2008 - 00h00
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:: Categoria faz viglia diante do edifcio-sede dos Correios no Estado. Todas as mdias e grandes cidades paranaenses aderiram paralisao ::
O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paran (Sintcom-PR) divulgou na tarde de quarta-feira (2/4) um balano parcial com a relao das cidades em greve no Estado.
O levantamento aponta que em 45 municpios paranaenses os trabalhadores j aderiram paralisao nacional da categoria, iniciada na ltima tera-feira (1/4).
A greve atinge todas as regies do Paran, do litoral at Foz do Iguau. Entre as mdias e grandes cidades, a nica que ainda no havia entrado em greve era Ponta Grossa, que faz assemblia daqui a pouco para oficializar a entrada no movimento. Dos 26 Estados brasileiros, 23 esto em greve, alm do Distrito Federal.
Em Curitiba, centenas de trabalhadores permanecem acampados em viglia permanente diante do edifcio-sede dos Correios no Paran. Familiares dos grevistas tambm participam da viglia. No final da tarde de hoje, a categoria realiza novas assemblias para avaliar a paralisao.
Conforme o sindicato, a adeso greve no Paran ultrapassa 90% dos trabalhadores da rea operacional. A adeso crescente em todo o pas obrigou a direo dos Correios a suspender servios de entrega rpida, como o Sedex 10.
Na tarde de ontem (1/4), o sindicato realizou uma passeata pelas principais ruas do Centro de Curitiba. Cerca de 300 trabalhadores participaram da manifestao. Ao longo da passeata, os trabalhadores distriburam uma carta-aberta populao, na qual expem os motivos da greve.
"Esperamos que todos compreendam a importncia de nossas reivindicaes", diz trecho da carta-aberta. "Queremos apenas que a palavra dada pela cpula dos Correios seja cumprida."
Os trabalhadores exigem o cumprimento de um acordo assinado em novembro de 2007 pelo ministro Hlio Costa (Comunicaes) e pelo presidente dos Correios, Carlos Henrique Custdio. O referido termo de compromisso prev o pagamento "em definitivo", a partir de maro deste ano, do adicional de risco aos carteiros, no valor de 30% do salrio-base.
O adicional foi pago nos ltimos trs meses. Mas na ltima semana a empresa resolveu suspender o pagamento. O salrio inicial de um carteiro de apenas R$ 600.
Lucros mal distribudos
Outra reivindicao da categoria diz respeito participao nos lucros e resultados (PLR) referente a 2007, ano em que os Correios obtiveram um lucro recorde de R$ 830 milhes.
Os trabalhadores denunciam o favorecimento de chefes, gerentes e diretores dos Correios, que receberam a ttulo de PLR valores at 300 vezes maiores que os pagos aos trabalhadores.
O Sintcom-PR apurou que o presidente dos Correios teria recebido cerca de R$ 44 mil a ttulo de participao nos lucros. Nos Estados, os diretores regionais da empresa teriam sido brindados com aproximadamente R$ 20 mil.
Por outro lado, a maioria dos trabalhadores recebeu valores inferiores a R$ 400. H casos de trabalhadores que receberam menos de R$ 150.
O sindicato aponta que a direo dos Correios descumpriu a legislao ao definir os critrios da PLR de forma unilateral, sem a participao dos trabalhadores. "A participao nos lucros ou resultados ser objeto de negociao entre a empresa e seus empregados", diz o artigo 2 da lei federal 10.101, de 2000.
A Fentect (federao nacional da categoria) e o ministro Hlio Costa tm novo encontro nesta quarta-feira, em Braslia. Para o Sintcom-PR, o aceno inicial de Costa, de que estenderia o adicional de 30% por mais trs meses para negoci-lo na seqncia, no interessa aos trabalhadores.
Quanto participao nos lucros, o ministro ratificou a proposta j rechaada pela categoria, de garantir pelo menos o valor pago no ano anterior. Ocorre que em 2007 o lucro da ECT cresceu meio bilho. Foi 153% superior ao de 2006.
"Queremos a garantia de pagamento do adicional de risco de forma definitiva, conforme o documento assinado pelo governo", afirma Nilson Rodrigues dos Santos, secretrio-geral do Sintcom-PR. "Quanto PLR, defendemos a distribuio linear, sem privilgios, sem abismos entre quem recebe demais e quem recebe quase nada."
O trfego dirio de correspondncias no Paran , em mdia, de 1,2 milho de correspondncias simples. Tambm so entregues por dia cerca de 60 mil cartas registradas e 30 mil encomendas por Sedex no Estado. Em todo o pas, so movimentados diariamente quase 35 milhes de objetos.
Cidades em greve no Paran
(balano parcial)
Almirante Tamandar, Apucarana, Arapongas, Araucria, Assis Chateaubriand, Camb, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Mouro, Cascavel, Castro, Cianorte, Colombo, Corblia, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguau, Francisco Beltro, Goioer, Guara, Guarapuava, Jacarezinho, Londrina, Mandaguari, Marechal Candido Rondon, Maring, Medianeira, Nova Ftima, Paiandu, Palmas, Paranagu, Paranava, Pato Branco, Pinhais, Pinho, Ponta Grossa, Quatro Barras, Rio Negro, Santo Antonio da Platina, So Jos dos Pinhais, So Mateus do Sul, Sarandi, Telmaco Borba, Toledo, Umuarama, Unio da Vitria.
Fonte: Sintcom-PR
:: Categoria faz viglia diante do edifcio-sede dos Correios no Estado. Todas as mdias e grandes cidades paranaenses aderiram paralisao ::
O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paran (Sintcom-PR) divulgou na tarde de quarta-feira (2/4) um balano parcial com a relao das cidades em greve no Estado.
O levantamento aponta que em 45 municpios paranaenses os trabalhadores j aderiram paralisao nacional da categoria, iniciada na ltima tera-feira (1/4).
A greve atinge todas as regies do Paran, do litoral at Foz do Iguau. Entre as mdias e grandes cidades, a nica que ainda no havia entrado em greve era Ponta Grossa, que faz assemblia daqui a pouco para oficializar a entrada no movimento. Dos 26 Estados brasileiros, 23 esto em greve, alm do Distrito Federal.
Em Curitiba, centenas de trabalhadores permanecem acampados em viglia permanente diante do edifcio-sede dos Correios no Paran. Familiares dos grevistas tambm participam da viglia. No final da tarde de hoje, a categoria realiza novas assemblias para avaliar a paralisao.
Conforme o sindicato, a adeso greve no Paran ultrapassa 90% dos trabalhadores da rea operacional. A adeso crescente em todo o pas obrigou a direo dos Correios a suspender servios de entrega rpida, como o Sedex 10.
Na tarde de ontem (1/4), o sindicato realizou uma passeata pelas principais ruas do Centro de Curitiba. Cerca de 300 trabalhadores participaram da manifestao. Ao longo da passeata, os trabalhadores distriburam uma carta-aberta populao, na qual expem os motivos da greve.
"Esperamos que todos compreendam a importncia de nossas reivindicaes", diz trecho da carta-aberta. "Queremos apenas que a palavra dada pela cpula dos Correios seja cumprida."
Os trabalhadores exigem o cumprimento de um acordo assinado em novembro de 2007 pelo ministro Hlio Costa (Comunicaes) e pelo presidente dos Correios, Carlos Henrique Custdio. O referido termo de compromisso prev o pagamento "em definitivo", a partir de maro deste ano, do adicional de risco aos carteiros, no valor de 30% do salrio-base.
O adicional foi pago nos ltimos trs meses. Mas na ltima semana a empresa resolveu suspender o pagamento. O salrio inicial de um carteiro de apenas R$ 600.
Lucros mal distribudos
Outra reivindicao da categoria diz respeito participao nos lucros e resultados (PLR) referente a 2007, ano em que os Correios obtiveram um lucro recorde de R$ 830 milhes.
Os trabalhadores denunciam o favorecimento de chefes, gerentes e diretores dos Correios, que receberam a ttulo de PLR valores at 300 vezes maiores que os pagos aos trabalhadores.
O Sintcom-PR apurou que o presidente dos Correios teria recebido cerca de R$ 44 mil a ttulo de participao nos lucros. Nos Estados, os diretores regionais da empresa teriam sido brindados com aproximadamente R$ 20 mil.
Por outro lado, a maioria dos trabalhadores recebeu valores inferiores a R$ 400. H casos de trabalhadores que receberam menos de R$ 150.
O sindicato aponta que a direo dos Correios descumpriu a legislao ao definir os critrios da PLR de forma unilateral, sem a participao dos trabalhadores. "A participao nos lucros ou resultados ser objeto de negociao entre a empresa e seus empregados", diz o artigo 2 da lei federal 10.101, de 2000.
A Fentect (federao nacional da categoria) e o ministro Hlio Costa tm novo encontro nesta quarta-feira, em Braslia. Para o Sintcom-PR, o aceno inicial de Costa, de que estenderia o adicional de 30% por mais trs meses para negoci-lo na seqncia, no interessa aos trabalhadores.
Quanto participao nos lucros, o ministro ratificou a proposta j rechaada pela categoria, de garantir pelo menos o valor pago no ano anterior. Ocorre que em 2007 o lucro da ECT cresceu meio bilho. Foi 153% superior ao de 2006.
"Queremos a garantia de pagamento do adicional de risco de forma definitiva, conforme o documento assinado pelo governo", afirma Nilson Rodrigues dos Santos, secretrio-geral do Sintcom-PR. "Quanto PLR, defendemos a distribuio linear, sem privilgios, sem abismos entre quem recebe demais e quem recebe quase nada."
O trfego dirio de correspondncias no Paran , em mdia, de 1,2 milho de correspondncias simples. Tambm so entregues por dia cerca de 60 mil cartas registradas e 30 mil encomendas por Sedex no Estado. Em todo o pas, so movimentados diariamente quase 35 milhes de objetos.
Cidades em greve no Paran
(balano parcial)
Almirante Tamandar, Apucarana, Arapongas, Araucria, Assis Chateaubriand, Camb, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Mouro, Cascavel, Castro, Cianorte, Colombo, Corblia, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguau, Francisco Beltro, Goioer, Guara, Guarapuava, Jacarezinho, Londrina, Mandaguari, Marechal Candido Rondon, Maring, Medianeira, Nova Ftima, Paiandu, Palmas, Paranagu, Paranava, Pato Branco, Pinhais, Pinho, Ponta Grossa, Quatro Barras, Rio Negro, Santo Antonio da Platina, So Jos dos Pinhais, So Mateus do Sul, Sarandi, Telmaco Borba, Toledo, Umuarama, Unio da Vitria.
Fonte: Sintcom-PR