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CUT Paraná é novamente alvo de ameaças e exige resposta das autoridades

Boletim de ocorrência foi registrado. Em 2016 sede da Central foi alvo de ataques durante a madrugada e caso segue sem que responsáveis sejam apontados

Publicado: 23 Junho, 2021 - 12h46 | Última modificação: 24 Junho, 2021 - 15h14

Escrito por: CUT-PR

CUT Paraná
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A extrema direita volta a ameaçar a CUT Paraná. Ao comentar uma postagem do vereador cassado de Curitiba, Eder Borges (PSD), um perfil com o nome de Andréia Schoepping Köhler afirmou que “ jogar fogo na cut foi a única coisa que a gente não tentou ainda”.

Em outra mensagem, o mesmo perfil postou uma imagem da sede da Central captada a partir de uma plataforma de busca de endereços e reforçou que “talvez devesse por fogo na cut, mas antes tem que ver se não tem câmeras de vigilância por perto filmando”.

Dirigentes da CUT-PR já acionaram a polícia civil e registraram um Boletim de Ocorrência (BO) nesta quarta-feira (23). Agora, a assessoria jurídica da Central dará sequência ao processo de forma a identificar e responsabilizar os responsáveis pela postagem de forma civil e criminal.

“Não vamos admitir qualquer tipo de ameaça ou ataques. Essa é a cara do fascismo brasileiro, que ataca instituições que compõem o amplo leque das forças democráticas", reagiu o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.

"O STF e seus ministros, parte do Congresso Nacional e movimentos sociais ja foram ameaçados pela extrema direita", disse o dirigente, se referindo as manifestações de aliados do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), que já fizeram até atos públicos pedindo o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso, além de ameaças aos ministros, como foi o caso do deputado preso, Daniel Silveira (PSL-RJ), que ameaçou o ministro Alexandre de Moraes.

"Onde é que vai parar essa situação?", questionou o presidente da CUT Paraná, para logo em seguida afirmar: "É preciso que as autoridades deem um basta punindo os responsáveis”. 

Presidente da CUT Paraná com o BO registrado

 

ReproduçãoReprodução
Reprodução das ameaças em uma rede social

A situação não é nova. Em 2016, a sede a Central foi alvo de ataques durante a madrugada por duas vezes em menos de 24 horas. Rojões foram jogados dentro do espaço físico, felizmente, sem causar maiores danos. A porta de entrada, de vidro, também foi completamente estilhaçada devido as pedradas. Pichações também foram feitas no local. Ironicamente, chamando a CUT Paraná de “milícia”, uma das principais acusações que pairam sobre pessoas próximas ao a Bolsonaro.

Na mesma semana, a casa onde está localizada a estrutura do PT paranaense também foi alvo de ataques, com um coquetel molotov sendo arremessado janela adentro da edificação. Felizmente, em ambos os casos, ninguém ficou ferido.

ReproduçãoReprodução
Câmara de segurança flagrou o momento dos ataques à sede do PT-PR

A CUT-PR reitera seu compromisso com a democracia, com as liberdades individuais, com os movimentos sociais  e a luta pelos direitos da classe trabahadora, dos negros, das mulheres, dos índios e de todos que são atacados pela exrema direita única e exclusivamente porque lutam por direitos, afirma a direção da Cental.

Por este motivo, avisam que não vão relevar a ameaça e seguirão no encalço das autoridades buscando a identificação e responsabilização das pessoas envolvidas neste crime.