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CUT reitera seu apoio às universidades públicas e seu repúdio ao corte de verbas

Não há desenvolvimento sem investimento em ensino público e ciência, afirma a Central

Publicado: 20 Maio, 2019 - 14h14 | Última modificação: 20 Maio, 2019 - 14h56

Escrito por: CUT Paraná

Gibran Mendes
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Desde o último dia 30 de abril, quando o Governo Federal anunciou o corte de ao menos 30% no orçamento das universidades federais, o Brasil acompanha uma série de manifestações em defesa do ensino público superior. Não é para menos. Não há desenvolvimento social e econômico em qualquer país sem investimentos na educação e na ciência. 

 

É impossível dissociar os cortes de dois fatores preponderantes na atual conjuntura brasileira. O primeiro deles, por óbvio, trata-se de uma guerra pessoal travada pelo Presidente da República contra o ensino público. Situação que não é nova e antecede, inclusive, a campanha presidencial. Com ilações e maluquices do que chama de “Marxismo Cultural” o corte de verbas, nada mais é, do que uma retaliação à produção de conhecimento científico no Brasil. 

 

Além disso, o corte de verbas nas universidades federais, tornou-se um instrumento poderoso de chantagem para aprovação da Reforma da Previdência. Nas palavras da atual gestão, uma vez aprovado o fim do atual regime de aposentadoria no Brasil, seria possível rever os cortes. Duas mentiras em uma. Primeiro porque o sistema de seguridade social no Brasil não é deficitário, como já demonstrado em inúmeros estudos. Segundo, porque o problema neste caso não é falta de recursos financeiros, mas sim, uma guerra declarada contra os profissionais da educação pública no Brasil. 

 

A Universidade Federal do Paraná (UFPR), com mais de 33 mil alunos, é uma das principais atingidas. A centenária instituição, que também é símbolo do nosso Estado, corre sérios riscos de ser obrigada a paralisar atividades.  O corte, de R$ 48 milhões, soma 30% dos recursos discricionários da UFPR, atingindo gastos ordinários, como água, luz, internet, contratos de prestação de serviços, entre outros. Na UTFPR são mais 37 milhões de cortes. Na UNILA os cortes passam de 40% do orçamento da universidade. 

 

No plano nacional, um levantamento realizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andife), aponta que 34 das 68 instituições terão cortes acima dos 30% nas verbas de pagamento de despesas não obrigatórias. Na prática, essa redução atingirá 1.336.977 estudantes, ameaçando a existência de quase 400 mil vagas em todo o Brasil.

 

Não à toa o anúncio dos cortes gerou uma onda de protestos, sem data para acabar, em todo o Brasil.  A CUT Paraná reitera seu apoio às universidades públicas, bem como, seu repúdio ao corte de verbas das universidades federais e estará ao lado da comunidade acadêmica e da população brasileira em defesa do ensino público de qualidade, bem como, da produção de conhecimento científico que gera desenvolvimento social e econômico para o nosso País. 

 

Central Única dos Trabalhadores do Paraná.