Delegação paranaense na Marcha das Margaridas enaltece organização das mulheres

Mais de 150 mil mulheres participaram, na terça e quarta-feira desta semana, da Marcha das Margaridas. O ato, em Brasília, levou flores, chapéus de palha, batuques e muitas demandas por igualdade para o centro da política brasileira. Somente do Paraná foram, ao menos, 370 pessoas que saíram do Estado para participar deste grande evento.

Ao final da Marcha, na quarta-feira (16), o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou uma série de ações a partir das demandas apresentadas durante a mobilização. Entre elas está a reinstalação do Fórum Nacional de Políticas para as Mulheres Agricultoras do Campo, da Flores e das Águas. Outro compromisso firmado é o de colocar em circulação 270 unidades móveis para atender mulheres com profissionais da saúde, delegacias especializadas e outros serviços. Paralelo a isso, será criada uma ouvidoria para monitorar se o serviço tem chegado aos municípios.

Para a secretária da mulher trabalhadora da CUT Paraná, Eunice Miyamoto, o evento foi marcante sob todos os pontos de vista. “A Marcha das Margaridas é sem dúvidas a maior concentração de Mulheres do mundo, com todas as diversidades, representando a luta por Direitos, respeito e pela Vida. Numa paleta viva de cores, marchei com as Companheiras de todas as raças e sotaques, de vivências e dificuldades pra resistir com dignidade. Margarida Alves presente Sempre!”, destacou.

A advogada Marilda Ribeiro da Silva, do coletivo de Mulheres do PT-R e integrante da Marcha Mundial das Mulheres, também destacou a importância da manifestação. “A Sétima edição da Marcha das Margaridas foi, na prática, a expressão da força das mulheres que lutam por um Brasil Melhor. Protagonistas na resistência aos retrocessos do governo dos últimos anos, intensificamos nossa presença nas ruas e nas pautas políticas que interferem na vida do povo brasileiro. Reafirmamos nosso compromisso com a reconstrução do Brasil ao pautar as políticas públicas do governo federal, com a inserção nos debates nos Ministérios e no legislativo federal. A grandiosidade da Marcha das Margaridas foi uma demonstração de que as mulheres estão na política pra valer”, analisou.

“A Marcha das Margaridas em 2023 foi a apresentação real do que caminhamos em 2019, que era a resistência. Agora estamos recebendo esse florir das margaridas, com um governo de busca em prol da classe trabalhadora, sejam eles mulheres ou homens. Foi muito lindo observar milhares de mulheres do Brasil, América Latina e de outros países, para mostrar a luta que o movimento social precisa. É só assim que caminhamos”, completou a secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT Paraná, Julia Maria Morais.