Desabamento mata mais um trabalhador da construção civil em Curitiba

Um trabalhador da construção civil de 56 anos morreu na manhã desta segunda-feira (20) enquanto trabalhava na demolição de um imóvel localizado na esquina das ruas Desembargador Motta e Dr. Pedrosa, na região central de Curitiba.

Ele foi atingido por uma viga que desabou e não resistiu aos ferimentos, falecendo ainda no local. O acidente também envolveu o trabalhador Willian Nasser, que foi socorrido e levado em estado grave ao Hospital Evangélico Mackenzie. Segundo informações levantadas pelo Sintracon, Nasser corre o risco de sofrer amputação dos membros inferiores.

Ainda de acordo com dados apurados pelo Sindicato, as empresas que atuam na obra são a Demolidora Campina Grande Ltda e a Adesul Demolição e Construção de Obras Civil Ltda.

Dirigentes do Sindicato estiveram no local do acidente para averiguar a situação, a fim de tomar as providências cabíveis junto aos órgãos responsáveis. “Todo acidente de trabalho tem grandes chances de ser evitado se as normas de saúde e segurança forem devidamente aplicadas. Infelizmente, não é o que temos visto na maioria dos casos, principalmente quando há vítimas fatais”, disse Laureno Grunevald (Lauro), presidente do Sintracon Curitiba.

O Sintracon Curitiba, em cumprimento do seu papel de defesa da categoria, ofereceu denúncia sobre o acidente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência (SRTE/MTP).

Acidentes em série

Apenas neste mês de março já aconteceram três graves acidentes envolvendo desabamentos de estruturas prediais. Logo no início do mês, dois jovens trabalhadores, de 24 e 26 anos, foram atingidos por muro de um residencial para idosos que estava em construção no bairro Campo Comprido. Eles foram socorridos em estado grave.

Na última quinta-feira (16), outro caso ocorreu no bairro Rebouças. Um jovem trabalhador, de apenas 25 anos, morreu após um muro desabar sobre ele em obra no bairro Água Verde, próximo à Arena da Baixada.

“Estamos presenciando uma série de graves acidentes na construção civil de Curitiba e não podemos deixar de nos indignar com a morte de nossos companheiros. Mais do que isso, temos que atuar. Vamos exigir mais fiscalização dos órgãos públicos e também que as empresas cumpram rigorosamente com todas as normas de segurança”, protestou Lauro.