Dia de Rainha leva cidadania e dignidade para moradoras em situação de rua

A quinta edição do “Dia de Rainha” foi um sucesso. Esta é a avaliação da idealizadora do projeto, Aline Castro, que reuniu centenas de mulheres em condição de vulnerabilidade na Praça Generoso Marques, no centro de Curitiba, no último domingo (8). A atividade aproveitou o Dia Internacional da Mulher como mote para levar cidadania, dignidade e um  tanto de vaidade para mulheres em situação de vulnerabilidade.

“Tivemos o apoio de sindicatos e nos unimos com outras ONGs para participarem conosco. Todo mundo trabalhou junto. Corremos atrás também de comida pois sabemos, que bem, isso é sempre prioridade. Como sabíamos da presença dos homens, também fizemos refeições para eles”, explica Aline que é conselheira tutelar. A estimativa da organização é que mais de mil refeições foram servidas no domingo.

As mulheres, por sua vez, vieram acesso aos produtos de higiene como absorventes, shampoos, sabonetes, condicionadores, escovas dentárias, pastas de dente, lenços umedecidos e outros produtos. Além disso, o tratamento de beleza ficou a cargo de profissionais experientes.  Cortes de cabelo, escova, prancha, pintura das unhas e limpeza dos pés foram alguns dos serviços ofertados gratuitamente para as mulheres.

Além do tratamento de beleza, oficinas foram realizadas durante o Dia de Rainha. Acupuntura, defesa pessoal, testes rápidos de saúde e até mesmo Tarot foram algumas das atividades ofertadas durante a tarde de domingo. Devido ao grande volume de homens presentes, a organização também fez um curso sobre o uso de drogas e as consequências para a saúde.

A recepção do público e o apoio da sociedade foi tão incisivo nesta edição que foi possível realizar um rescaldo do Dia de Rainha. “A maior parte das coisas que sobraram vamos distribuir na inauguração da Colmeia Cultura neste sábado, quando completa mais um ano do assassinato de Marielle Franco. Uma espécie de Pocket do dia de Rainha para atender as mulheres do Parolin. Já ajudamos também um aldeia indígena com o mesmo material”, relata Aline.

O sucesso desta edição foi tamanho que a conselheira tutelar e idealizadora do projeto já pensa em ampliar o público alvo. “Agora quero ver se conseguimos expandir para um outro sonho que tenho que é atender mulheres encarceradas. A cidade se mobilizou. Foi lindo”, enfatiza Aline.

Além de entidades de trabalhadores como a CUT Paraná, APP-Sindicato e o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, ONGs como Banho do Coração, Rango da Rua e Mãos Invisíveis participaram da realização da quinta edição do Dia de Rainha.