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Educadores ocupam ALEP em busca da abertura de diálogo com o Governo do Estado

Categoria quer revogação do edital que pode deixar milhares de desempregados

Publicado: 18 Novembro, 2020 - 17h45 | Última modificação: 18 Novembro, 2020 - 18h10

Escrito por: CUT-PR

Reprodução
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Educadores e educadoras ocuparam na tarde desta quarta-feira (18) a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). Eles não devem sair do espaço até que o governador Ratinho Júnior estabeleça o diálogo com as pautas da categoria. Uma comissão de deputados está sendo formada para mediar a negociação entre os trabalhadores e trabalhadoras e o poder executivo estadual.

Os educadores já estavam acampados no Centro Cívico, onde está situado o Palácio Iguaçu e a Assembleia Legislativa, desde a terça-feira (17), quando também realizaram uma marcha na capital paranaense. A pauta da categoria incluí a revogação do Edital 47 que prevê, em meio à pandemia, a realização de uma prova para contratação de funcionários temporários para a educação. Seriam aproximadamente 90 mil pessoas envolvidas em plena pandemia. A categoria também cobra a realização de concurso público, uma das promessas de Ratinho Júnior, além do pagamento de promoções e progressões atrasadas e outras demandas relacionadas à educação pública.

O presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, em vídeo publicado nas mídias sociais do sindicato, reforçou a importância da abertura do diálogo com a categoria e da pauta defendida pelos trabalhadores e trabalhadoras. “O primeiro tema é a revogação do edital 47, pela retirada da prova e pela prorrogação dos contratos de professores e funcionários PSS por conta da pandemia”, enfatizou Leão.

O professor ainda reforçou a importância da realização do concurso público para suprir a demanda de trabalhadores no ensino público estadual. “É um compromisso do Governador da greve de 2019 que ainda não foi estabelecido”, afirmou. Outra pauta é o pagamento de progressões e promoções que já foram pagas para outras categorias. Leão também disse que a saída do secretário estadual da educação, Renato Feder, é uma das demandas dos trabalhadores e trabalhadoras. “Pelo conjunto das ilegalidades que ele comete, pois não entende de serviço público. Está desrespeitando as leis e também se recusa a fazer o diálogo, tanto com a APP-Sindicato ,quanto com pais e mães e os estudantes que não foram recebidos por ele. Não ouve a comunidade escolar”, salientou. 

Segundo ele, a revogação da militarização das escolas, sobretudo, nos colégios noturnos, é outra pauta cara para categoria. “Não dá para deixar milhares de estudantes que estão ficando sem matrícula para a continuidade dos seus estudos”, completou Leão, alertando para o fato de que a legislação aprovada pela própria Assembleia Legislativa proibe esta prática.

O presidente da CUT Paraná, Márcio Kieller, reforçou a importância da pauta da categoria e reiterou o apoio da Central aos trabalhadores e trabalhadoras. “Toda a nossa solidariedade para a categoria. Em plena pandemia querem fazer uma prova, para temporários, que vai envolver 90 mil pessoas. Então, por qual motivo, não realizar um concurso público? Há tempos a representação dos trabalhadoras tenta, em vão, estabelecer o diálogo com o Governo do Estado. A ocupação é a última alternativa e estamos ao lado deles neste processo”, garantiu.