MENU

Entenda a greve nos Correios com o Quarta Sindical

Programa de entrevistas semanal da CUT Paraná e Brasil de Fato recebeu lideranças da categoria para falar sobre o movimento paredista

Publicado: 02 Setembro, 2020 - 12h40 | Última modificação: 03 Setembro, 2020 - 08h53

Escrito por: CUT Paraná

Reprodução
notice

A greve nos correios completou nesta quarta-feira (2) 16 dias. Você sabe qual é a motivação da paralisação dos trabalhadores e trabalhadoras? Quais os retrocessos sociais e dificuldades da categoria no cotidiano do trabalho? Como a categoria vê as tentativas e ameaças de privatização da empresa? As respostas para estas e outras perguntas você encontra no Quarta Sindical desta semana que recebeu o secretário de assuntos jurídicos do Sintcom, o China e a trabalhadora dos Correios, Inês Camargo. 

“Eles querem retirar nosso Acordo Coletivo de Trabalho que tem 70 cláusulas, em sua maioria sociais. Somos os trabalhadores que menos recebem entre as estatais e estas cláusulas dão amparo para a categoria. Mães e pais com filhos com necessidades especiais deixaram de receber o valor que recebiam antes, aumentaram o valor do compartilhamento do plano de saúde e muitos trabalhadores estão deixando de pagar porque não tem como. É uma situação de calamidade. Entraram pela porta dos fundo, sem entender nada da empresa e agora querem destruir esse patrimônio do povo brasileiro que já tem 357 anos de história e atende mais de 5.700 municípios brasileiros”, apontou China. 

Inês Camargo enfatizou a importância de toda a categoria estar envolvida no movimento. “Se tivéssemos parado tudo durante uma semana, com certeza já teriam negociado conosco. Mas não podemos esquecer que desde a sua campanha Bolsonaro falou que privatizaria os Correios, a todo custo. Não importando se família serão prejudicadas. Nós não somos vagabundos, somos trabalhadores e se estamos em greve é porque chegamos no limite, não temos outro caminho. Não temos privilégios como a mídia diz, temos direitos conquistados com muita luta, inclusive por companheiros que já morreram. Temos que nos unir, inclusive os que ainda não entenderam que a nossa greve é necessária. Que compreendam e venham para a luta”, enfatizou. 

Os Correios são apenas uma das empresas estatais ameaçadas de privatização. Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e a Petrobrás também estão na mira do governo de Jair Bolsonaro e da gestão econômica de Paulo Guedes. Segundo estimativa dos trabalhadores, somente durante a pandemia, a empresa lucrou R$ 600 milhões. “O lucro deveria ser reinvestido em programas sociais. A lógica do governo é do estado mínimo, de desfazer-se do importante patrimônio estatal que temos e cito neste pacote também a Petrobrás. Setores que estão sendo entregues de graça e de mão beijada para a iniciativa privada”, criticou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, que apresenta o programa ao lado da repórter do Brasil de Fato Paraná, Ana Caldas. 

O uso da Fedex para enviar encomendas via Correios, as mobilizações da greve até o momento, críticas à cobertura da imprensa, a relação com a empresa e o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os direitos sociais que estão em risco e muito mais você confere na íntegra desta edição no vídeo abaixo. Não esqueça de anotar na sua agenda: Todas as quarta-feiras, às 11h30, o Quarta Sindical é transmitido ao vivo em FB.com/CUTdoParana e FB.com/BdFPR: