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Frente de Organização dos Trabalhadores (FORT) realiza 1ª Plenária

Encontro neste sábado reunirá seis áreas de ocupação de Curitiba

Publicado: 28 Novembro, 2024 - 08h17 | Última modificação: 28 Novembro, 2024 - 08h19

Escrito por: FORT

Fort
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Rumo à Primeira “Plenária das Comunidades”, a Frente de Organização dos Trabalhadores (FORT), reunirá seis áreas de ocupação de Curitiba para um espaço de animação, confraternização, além da identificação dos principais problemas das comunidades e os desafios para resolvê-los em 2025.

O evento acontece no sábado de manhã, dia 30 de novembro, na sede do Sindiquímica, das 8h às 12h30, com café da manhã e almoço preparado pelos integrantes das cozinhas comunitárias.

A previsão é de participação de 180 pessoas das seguintes áreas de ocupação: Guaporé 2 e Vila União, comunidades que surgiram no contexto da crise social durante a pandemia, além de áreas mais antigas, caso da vila Pantanal, Vila Leão, Formosa e Pontarola – além de áreas convidadas, apoiadores e movimentos populares.
Contexto

A Frente de Organização dos Trabalhadores (FORT) surgiu em 2023, no contexto da campanha Despejo Zero e da luta por moradia em Curitiba. Lideranças populares do bairro Tatuquara e ativistas sociais reuniram-se por bandeiras como moradia, alimentação e solidariedade. Hoje, o movimento está presente também nos bairros Novo Mundo, Campo Comprido e Alto Boqueirão.

O processo de construção foi animado pelos Redentoristas e por Padre Joaquim Parron, criador do SOS Combate à Fome, com ampla repercussão durante o período da pandemia, e apoiador de comunidades periféricas em Curitiba.

“Essa Assembleia das Comunidades, que tem a construção do FORT, é a concretização da luta coletiva nas periferias de Curitiba. E o povo na base se organizando para lutar pelos direitos sociais e humanos”, afirma Parron.


Vínculo com as cozinhas e com as condições da comunidade
Gelson de Deus, um dos coordenadores do FORT na Vila Pantanal (Alto Boqueirão), aponta a importância da construção e manutenção das cozinhas comunitárias para uma comunidade, em parceria com organizações como União de Moradores, MST, Marmitas da Terra, entre outras.

“O Fort começou a ajudar a gente, conseguimos abrir a cozinha, faz um ano que a cozinha está aberta, com a ajuda do FORT, e a comunidade está feliz, o movimento ajuda com doações na comunidade e com a luta do despejo zero. Este é o FORT”, afirma.

Já Andreia Carvalho Guedes, moradora da ocupação Guaporé 2 (Campo Comprido), afirma que o FORT “é de todas as comunidades, ajuda todas as comunidades, não só Guaporé, não só Britanite, ajuda todas as comunidades e pessoas”, afirma.
Futuro incerto

De forma geral, há expectativa sobre como será a gestão de Eduardo Pimentel (PSD) no que se refere ao tema da moradia, uma vez que, neste momento, cerca de 800 famílias, de ao menos seis ocupações ocorridas desde a pandemia, estão com o futuro incerto. O auxílio-aluguel oferecido pela Cohab não traz garantias do acesso à moradia e os moradores de ocupações ficam na incerteza.


Na avaliação de Pedro Carrano, integrante da coordenação da FORT, o ano que vem novamente terá a luta por moradia como um dos principais conflitos no âmbito muncipal.

“Há a luta das novas ocupações que correm risco de despejo forçado e não há proposta consistente do município. Além de, em Curitiba e nacionalmente termos que avançar na pressão por mais recursos e investimentos em moradia popular. Outras áreas ainda lutam há décadas por regularização fundiária. Tudo isso se alia a problemas na área da Saúde, Saneamento e enchentes. Ou seja, resolver o problema da moradia é central para resolver os problemas de uma cidade”, aponta.