acc toolbox
Contraste de cores
Tamanho dos textos
Conteúdo em destaque
Ampliar elementos
learn more about  toolbox
MENU

FUP cobra Petrobrás seja investigada por favorecer importadoras de combustíveis

Em audiência pública sobre política de preços e derivados de petróleo diretor da federação cobrou investigação sobre atuação dos gestores da Petrobrás para beneficiar empresas importadoras

Publicado: 15 Outubro, 2021 - 08h42

Escrito por: FUP

Gibran Mendes
notice

O diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Mário Alberto Dal Zot defendeu a necessidade de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a Polícia Federal investigarem a possível existência de um cartel entre a Petrobrás e importadores de combustíveis, dado que a gestão da petroleira, ao reduzir a capacidade de refino do país e adotar a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), abriu amplo espaço para o mercado de importação de petróleo e derivados.

Dal Zot participou nesta quarta-feira, 13, de audiência pública extraordinária na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, da Câmara dos Deputados, sobre “política de preços de derivados de petróleo”, por iniciativa do deputado Helder Salomão (PT/ES).

“A FUP foi a primeira a denunciar o PPI, quando em 2016 a Petrobrás adotou tal política de forma abrupta. Paralelo a isso, houve uma redução do fator de utilização (FUT) das refinarias no Brasil, que caiu de 94% para 70%, favorecendo a importação de derivados por terceiros. Com isso, a Petrobrás, que era responsável pela quase totalidade das importações, saiu do mercado, e o total de importadores cresceu. Em janeiro de 2010 tinham 218 importadores de derivados e 154 de lubrificantes. Em julho de 2019 (último boletim divulgado pela ANP) eram 356 importadores de derivados (aumento de 63%) e 188 de lubrificantes (aumento de 22%)”, afirmou o diretor.

Em seu entender, as propostas de mudanças nas alíquotas do ICMS como alternativa para baixar preços dos combustíveis é “questão paliativa”. Quanto à criação de um  fundo de estabilização de preço, a FUP entende que pode ser uma proposta interessante, mas, nesse momento, é extemporânea. “O fundo de estabilização deveria ter acontecido em 2016, antes da transformação abrupta da política de preços da Petrobrás”, diz ele, ao destacar que enquanto o PPI não mudar, os preços continuarão a subir, pressionado a inflação e o poder de compra do brasileiro.  “Adotar um fundo de estabilização é uma segunda etapa; a primeira etapa é considerar o custo efetivo em reais da produção de combustíveis no Brasil”, observou Dal Zot.

“Os preços abusivos dos combustíveis têm prejudicado desde a dona de casa até os grandes produtores rurais. Nem o próprio ministro da economia, Paulo Guedes, acredita nessa política econômica, uma vez que o mesmo vem investindo seu dinheiro em paraísos fiscais”, provocou Dal Zot.

FUP
Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.