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Golpe do Governo do Estado e patrões vai reduzir mínimo regional

Nos próximos quatro anos reajuste será menor que o salário-mínimo

Publicado: 25 Novembro, 2022 - 09h22 | Última modificação: 25 Novembro, 2022 - 12h03

Escrito por: CUT-PR

Gibran Mendes
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 A bancada do Governo do Estado e dos patrões uniram-se contra os representantes dos trabalhadores no Grupo de Trabalho do Piso Regional que terá reajuste menor que o salário-mínimo nos próximos quatro anos. A proposta combatida pela CUT e demais centrais foi aprovada sem a anuêencia dos representantes da classe trabalhadora.

A decisão aconteceu nesta quinta-feira (24) em reunião que começou com a bancada dos trabalhadores propondo o mesmo percentual de reajuste do salário-mínimo com o arredondamento com base no valor hora. Do loutro lado, o setor patronal queria apenas a reposição da inflação. O Governo do Estado, por sua vez, indicou reajuste até o valor do salário-mínimo no mesmo percentual do salário-mínimo, e o que excede este valor, apenas a reposição da inflação (INPC). Sem consenso com a bancada dos trabalhadores porque a proposta do governo impõe redução, os patrões adotaram a proposta do poder executivo estadual desde que com duração por quatro anos. Com a votação de ambas as bancadas unidas a proposta foi aprovada, impondo evidente prejuízo aos trabalhadores e trabalhadoras do Paraná.

“Uma proposta, sem consenso, que foi aprovada pde or quatro anose sem nenhuma discussão em específico nas reuniões que realizamos. Novamente Ratinho Júnior e o Governo do Estado, aliados aos patrões, dão um golpe nos trabalhadores. Essa gestão vem se caracterizando, em rigorosamente todas as suas ações, pela falta de diálogo com a classe trabalhadora e por virar as costas para suas demandas”, criticou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.

“As reuniões foram exaustivas, mas o que vínhamos sentido já nas últimas, foi a união do governo com os empresários cujo propósito era não dar um reajuste conforme acontecia em anos anteriores. Especialmente para 2023 queríamos acompanhar a política nacional, que certamente, será melhor. O Governo já dava sinais que desejava arbitrar essa questão. Depois de muitos anos com reajuste real no piso regional será a primeira vez que vamos sem consenso. Lastimamos e fizemos que isso ficasse registrado em ata que não aceitamos essa forma. Assim como feito com a Copel e outros assuntos o Governo do Estado está atropelando. Esse foi o presente de natal para os trabalhadores”, apontou o presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação (FTIA), Ernane Garcia, que compõem o Conselho Estadual do Trabalho (CET).

“Fizemos a proposta de incluir uma condicionante: caso seja instituída uma política de valorização do salário-mínimo nacional, a regra de reajuste do piso regional paranaense tem que ser rediscutida no GT Piso Regional do CETER”, explica o economista do Dieese, Sandro Silva. De acordo com ele, a proposta foi aceita e tem como objetivo reduzir danos. Ela será elaborada e compartilhada para aprovação dos representes do conselheitos do CET e na sequência para o executivo estadual elabrar o Projeto de Lei que seguirá para a Assembleia Legislativa.