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Greve na Repar é pela preservação da vida

Quarta Sindical desta semana tratou do tema; Petrobrás quer trazer dois mil trabalhadores de fora do Paraná em meio à pandemia

Publicado: 14 Abril, 2021 - 12h32 | Última modificação: 14 Abril, 2021 - 13h35

Escrito por: CUT-PR

Gibran Mendes
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Desde o início desta semana, trabalhadores e trabalhadoras da Repar cruzaram os braços. A greve sanitária, que teve início na segunda-feira (12), tem como objetivo preservar a saúde e a vida da categoria. Mas por qual motivo? Este foi o tema do Quarta Sindical desta semana que recebeu o vice-presidente da CUT Paraná e dirigente da FUP e do SindiPetro PR/SC, Mário Dal Zot. 

Segundo ele, a Petrobrás insiste em realizar uma manutenção que trará, para Araucária, onde está localizada a Refinaria Presidente Vargas, aproximadamente dois mil trabalhadores terceirizados das mais diversas regiões do País. Além de ampliar o contingente no local e aglomeração de pessoas, há ainda o risco de introdução de novas cepas do Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19. 

“Chamamos a Petrobrás várias vezes para negociar e saber a real necessidade de fazer uma parada de manutenção durante a pandemia. Você coloca um contingente de trabalhadores muito maior que o atual na Refinaria, serão cerca de 2 mil trabalhadores a mais durante praticamente um mês. Muita gente vem de fora, trazendo novas cepas e fazendo aglomeração. No nosso entender, de forma desnecessária neste momento. Demonstra irresponsabilidade da gestão da empresa, priorizando questões financeiras, colocando em risco seus trabalhadores. Isso não podemos aceitar de forma nenhuma”, apontou Dal Zot. 

O dirigente ainda criticou a empresa por não ouvir os trabalhadores e colocar em risco suas famílias. Para ele, este posicionamento é reflexo das postura do Governo Federal. “ uma política genocida, mas não é diferente do que o Governo Federal faz no Brasil inteiro. Trabalhadores estão inseguros, estavam indo trabalhar desta forma, com medo de levar o vírus para dentro de casa, contaminar pais, filhos, esposa, maridos. É muito complicado”, completou. Outro ponto criticado por Dal Zot foi a ausência de ações da empresa para colocar em funcionamento a planta da Fafen para produzir oxigênio, insumo básico para o tratamento da Covid-19. 

A ausência de participação dos trabalhadores em ações de combate à pandemia, contudo, não é exclusividade da Petrobrás. O presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, reiterou a cobrança para o funcionamento de um comitê com participação da representação da classe trabalhadora. Aprovado há oito meses atrás, ele ainda não entrou efetivamente em funcionamento. 

“A primeira reunião aconteceu somente na semana passada de forma improdutiva, não ouviu o que os trabalhadores estão propondo. Ano passado tivemos a agricultura familiar tendo que jogar alimentos fora porque não havia forma logística para fazer essa distribuição. Ou entendemos que é necessário um lockdown sério para podermos retomar ou vamos fazer isso de forma precária e não vamos conseguir sair nunca desta situação. Precisamos exigir das autoridades que se trate esse tema de forma séria”, afirmou. 

A greve na SIX,  perseguições da Petrobrás aos dirigentes sindicais e muito mais você acompanha no vídeo abaixo. O programa ainda deveria contar com a participação do coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, que infelizmentte, por problemas técnicos, não contribuir com o debate. Anote na sua agenda: o Quarta Sindical é transmitido, ao vivo, toda quarta-feira às 11h30 em nossos perfis no Facebook e no Youtube.