Guaranho é condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Marcelo Arruda
Leitura da sentença aconteceu na tarde desta quinta-feira (23) no Tribunal do Júri, em Curitiba
Publicado: 13 Fevereiro, 2025 - 16h07 | Última modificação: 13 Fevereiro, 2025 - 17h01
Escrito por: CUT-PR

O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e perigo comum, pela morte de Marcelo Arruda, ex-sindicalista de Foz do Iguaçu.
A leitura da sentença aconteceu por volta das 14h desta quinta-feira (13). A magistrada, que presidiu o Júri Popular, Michelle Pacheco Cintra Stadler, citou a intolerância política do assassino demonstrada com suas ações e também o fato de ter utilizado uma arma da da União para cometer o crime.
A juíza ainda determinou a prisão imediata da Guaranho. Ele estava em prisão domiciliar desde o ano passado. “A sociedade brasileira e o movimento sindical brasileiro como um todo aguardavam com grande expectativa o julgamento porque um crime brutal como esse deve ter punição exemplar para que possamos acabar com a polarização política na sociedade e discutirmos nossas ideias sem medo de não poder voltar para casa", disse o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.

O advogado que representa a família da vítima, Daniel Godoy, destacou que a condenação é uma resposta da sociedade. “É A resposta que a sociedade paranaense empresta, é uma prestação de contas a um assassinato que foi brutal. O Marcelo Arruda foi morto na frente da sua família, na frente dos seus amigos no seu aniversário de 50 anos. Uma pena de 20 anos não vai restabelecer a vida do Marcelo, mas é uma satisfação mínima para a sua família, aos seus amigos e a toda a sociedade paranaense”, pontuou.
“Vinte anos de condenação para uma pessoa que mudou as nossas vidas, trazendo muita dor e sofrimento. Hoje vamos sair daqui sem o Marcelo, mas com justiça”, disse a companheira de Arruda, Pamela Silva, em declaração reproduzida pelo Brasil 247.

Arruda foi morto a tiros em 2022, durante a comemoração de seu aniversário de 50 anos. O autor do crime invadiu a festa temática, que fazia uma homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores. Na época do assassinato, ocorrido em um contexto de forte polarização eleitoral no Brasil, o caso reacendeu debates sobre o aumento da violência política no país.