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Juri Popular de réu pelo assassinato de Marcelo Arruda começa na terça-feira (11)

Movimentos sociais devem realizar manifestações pedindo por justiça

Publicado: 03 Fevereiro, 2025 - 12h52 | Última modificação: 10 Fevereiro, 2025 - 12h02

Escrito por: CUT-PR

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Homenagem ao companheiro Marcelo Arruda durante o último congresso Estadual da CUT Paraná

Jorge Guaranho, réu pelo assassinato do ex-dirigente sindical e guarda municipal, Marcelo Arruda, será julgado por um júri popular nos dias 11 e 12 de fevereiro. O julgamento acontecerá no Tribunal do Juri, em Curitiba, após uma série de recursos da defesa que adiaram a decisão.

“Estaremos pedindo por Justiça. É evidente que, sim, pelo Marcelo Arruda. Contudo, é uma vida que não volta mais e a punição, neste caso, é para que a violência política seja banida do País. Arruda, nosso companheiro, foi assassinato por votar no Presidente Lula. Isso é inadmissível em qualquer país minimamente democrático. Exigimos Justiça por Marcelo Arruda e também para que nunca mais aconteça”, aponta o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.

De acordo com ele, os movimentos sociais articulam ações para acompanhar o julgamento. A defesa da democracia, o fim da violência política e a celebração da vida do ex-dirigente sindical Marcelo Arruda compõem o quadro que as entidades envolvidas querem apresentar. “Justiça não é vingança e vingança não é justiça. O que desejamos é justiça por Marcelo Arruda e o fim da violência política”, garantiu.

O advogado que representa a família da vítima, Daniel Godoy, afirma que está “acompanhando com advogada Andrea Godoy, o caso desde o início. Desde então tentaram excluir a motivação política no crime. Este caso, foi a primeira ação política na eleição de 2022, que vitimou um petista assassinado por um bolsonarista convicto. O Ministério Público foi diligente e atuou de forma célere, repelindo as tentativas. O governo Lula indenizou parte da família do Marcelo e excluiu dos quadros do DEPEN nacional o assassino. Agora, com o júri, teremos um momento culminante deste processo. Esperamos uma condenação em torno de 15 anos”, apontou."

Marcelo Arruda, guarda municipal, sindicalista e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, na região Oeste do Paraná, foi assassinado em 9 de julho de 2022. Ele comemorava seu aniversário com a família e amigos em uma festa cujo o tema era o PT e o presidente Lula. Ele foi atingido por tiros disparados por Jorge Guaranho. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança do clube onde a celebração acontecia.

O programa Quarta Sindical desta semana, produzido pela CUT Paraná em parceria com o jornal Brasil de Fato, debaterá o tema. Neste dia 05 às 11h30 estarão no estúdio virtual o advogado, Daniel Godoy e a viúva de Marcelo Arruda, Pamela Silva. O programa é transmitido pelos perfis da CUT Brasil e CUT Paraná no Facebook e pelo Brasil de Fato no YouTube