Movimentos sociais do sudoeste do Paraná fazem nova entrega de alimentos e roupas
Mais de 200 famílias foram atendidas nesta última edição da campanha com cestas de alimentação e agasalhos para combater o frio
Publicado: 30 Julho, 2021 - 11h03 | Última modificação: 30 Julho, 2021 - 15h26
Escrito por: CUT-PR
Cerca de 2 mil famílias de diversas cidades do sudoeste do Paraná foram beneficiadas com doações, desde o início da pandemia do novo coronavírus. Os alimentos e roupas foram doados por uma série de organizações, incluindo sindicatos e movimentos sociais.
Em média, a campanha de solidariedade atendeu 220 famílias em cada uma das nove edições. As duas últimas aconteceram nesta quarta-feira (28) nas cidades de Palmas e Marmeleiro. Foram 200 cestas de alimentos e agasalhos distribuídas para famílias carentes.
“Buscamos dar uma condição melhor de vida para essas pessoas que precisam, que passam por uma situação difícil. Neste período ainda temos o agravante do frio. Nossa região é extremamente gelada e passamos a incluir, além dos alimentos, roupas e agasalhos para garantir que possam ficar, além de alimentados, aquecidos”, explica o presidente do Sindicato dos Comerciários de Pato Branco, João Carneiro.
Carneiro integra o chamado de Fórum Unitário, que reúne entidades como o sindicato que representa, além de sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) na região e movimentos sociais como o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e o Movimento dos trabalhadores sem Terra (MST).
“Esta foi nossa nona ação de solidariedade e pretendemos seguir com elas. Já estamos pensando na próxima, em Pato Branco, para dar uma assistência também com relação ao frio. Quem tem fome e quem tem frio, tem pressa”, completa Carneiro.
A macrorregião sudoeste do Paraná abrange 42 municípios, em sua maioria com populações pequenas. Desta forma, o Fórum busca atender diversos municípios. Em Chopinzinho, indígenas também foram beneficiados com as ações de solidariedade do Fórum Unitário.
“Mantemos um cadastro das famílias que ajudamos com frequência nas cidades, mas também buscamos auxiliar em localidades onde há necessidade como foi o caso de Mangueirinha, onde nos reunimos em uma quadra de esportes local para dar esse suporte para a comunidade”, explicou.
Solidariedade
Desde o início da pandemia sindicatos e movimentos sociais do Paraná organizaram uma série de atividades de solidariedade. A Casa da Resistência, uma iniciativa do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região em parceria com outras instituições, frequentemente realiza ações de doações de alimentos e produtos de higiene. O primeiro de maio solidário em Curitiba, foi um exemplo, quando foram arrecadados alimentos que posteriormente foram distribuídos para famílias.
O Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (SindiPetro PR/SC), em parceria com o MST e outras organizações, realiza periodicamente ações para entrega de alimentos e botijões de Gás.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato)( também ofereceu aos profissionais de saúde para de suas instalações para que pudessem proteger suas famílias do contato com o vírus, além da doação de produtos de higiene e equipamentos de proteção individual.
“O que observamos no Paraná é um movimento perene de solidariedade capitaneado pelos nossos sindicatos em parceria com as organizações sociais. Se Jair Bolsonaro e Ratinho Jr. (governador do Paraná) não estão nem aí para a classe trabalhadora, nós estamos. A partir destas ações nos organizamos para lutarmos pela vida e pela sobrevivência destas pessoas”, apontou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.